Harvey Guillén, estrela de “What We Do in the Shadows” por cerca de seis anos, compartilhou suas experiências favoritas, o impacto do papel de Guillermo e sua forte conexão com suas raízes mexicanas. Em entrevista exclusiva, ele refletiu sobre o legado da série, o apoio à comunidade latina e as futuras aventuras no cinema e televisão.
Memórias marcantes e itens favoritos do set
“Minha memória mais querida foi quando alguém veio até mim e disse o quanto o show significava para eles”, revelou Guillén. “Ver como a equipe e os fãs se conectaram com o projeto, especialmente em tempos difíceis, foi realmente emocionante.”
Sobre o que levou para casa ao final das gravações, revelou que ainda guarda os óculos dourados do personagem Guillermo e várias peças de roupa que usou na série, que ele adaptou do seu próprio estilo na época do audition. Alguns detalhes, como o preparo próprio dos buñuelos na cena final da terceira temporada, demonstram seu comprometimento com autenticidade.
Raízes mexicanas e cuidado com detalhes culturais
Guillén explicou sua participação ativa na criação do personagem Guillermo, especialmente suas raízes mexicanas. “Foi importante para mim garantir que o diálogo e a cultura retratada fossem autênticos, inclusive participando da escrita dessas cenas ao lado da equipe.”
Ele ressaltou a importância de escolher uma atriz mexicana para interpretar a mãe de Guillermo, e sua insistência em detalhes culturais, como a confecção de buñuelos, feitas por ele mesmo, reforçando seu compromisso com representação realista e respeitosa.
Influências e o impacto na carreira
Como o primeiro ator queer latino indicado ao Critics’ Choice Award, Guillén refletiu sobre como sua identidade molda sua trajetória. “Busco personagens que surpreendam e desafiem expectativas, explorando diferentes gêneros e formatos, como o seu próximo papel de demônio em uma produção futura.”
Ele também revelou suas inspirações, como Cantinflas, María Félix, John Leguizamo e George Lopez, cujos trabalhos ligam com sua paixão pelo humor físico, storytelling corporal e a tradução da cultura latino-americana na comédia.
Engajamento comunitário e experiência em Los Angeles
Guillén falou sobre seu envolvimento em ações de apoio à comunidade imigrante, como eventos beneficentes para ajudar trabalhadores durante os ataques do ICE em Los Angeles. “Acredito que, se temos a plataforma, é nossa responsabilidade usá-la para ajudar.” Ele lembrou ainda de como o contexto de sua infância em Southern California moldou seu senso de identidade e pertencimento.
Estilo, moda e visibilidade
Sobre suas aparições célebres, Guillén revelou que coordena suas próprias roupas e looks inspirados por marcas como Christian Siriano. “Quero quebrar paradigmas de moda para maiores, plus size, queer e latino.” Sua ousadia nos tapetes vermelhos inclui looks como o vestido de década de 1920 no Oscar, que gerou destaque e impulsionou a inclusão no mundo da moda.
Drag e horror: risos, criatividade e influências
Como jurado convidado em “RuPaul’s Drag Race” e “Dragula”, Guillén expressou seu amor pelo universo drag, destacando suas drag queens favoritas, como Jinkx Monsoon. Seu desejo de adotar um nome artístico drag, como “Pirata Willard”, revela seu entusiasmo por explorar novas identidades artísticas.
Na temporada de Halloween, Guillén se destaca por seu talento em interpretar o assustador e o macabro. Ele admira franquias como “Scream” e “Halloween” por explorarem o lado mais humano do medo, que considera o mais aterrorizante.
Futuro: comédia romântica e novos desafios
Questionado sobre seus próximos passos, Guillén revelou seu desejo de atuar em uma comédia romântica com muita ação, onde o humor e o amor se unem em uma narrativa de alta intensidade. “Quero contar histórias que façam rir, chorar, e, quem sabe, salvar um dia.”
Harvey Guillén encerrou a conversa destacando a importância de seguir representando sua cultura e apoiar causas sociais, sempre com humor, autenticidade e paixão pela arte. Para acompanhar seu trabalho, assista a “What We Do in the Shadows” na Hulu.