Brasil, 16 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Dólar sobe acima de R$6,00 com tensões entre EUA e China

Investidores acompanham negociações entre Brasil e EUA, além de informações econômicas globais e tensions comerciais internacionais

O dólar operava acima de R$6,00 nesta quinta-feira (16), impulsionado pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pelos desdobramentos políticos internos no Brasil. As negociações entre os governos brasileiro e americano sobre tarifas também influenciam o mercado financeiro local.

Negociações entre Brasil e EUA sobre tarifaço no radar do mercado

Representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, realizaram uma reunião nesta semana para discutir o aumento de tarifas comerciais. O mercado busca sinais de possíveis ajustes na relação bilateral, que possam impactar o comércio e os investimentos internacionais.

Expectativa com indicadores econômicos e cenário externo

Além da movimentação nas negociações, o mercado monitora a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, que indica uma atividade econômica dos EUA pouco alterada e uma estabilidade no nível de emprego, apesar de menores contratações relatadas por empresas. O documento, divulgado nesta quarta, antecipa a próxima reunião do banco central americano, que pode decidir por uma nova redução na taxa de juros.

Dados do varejo e preocupações fiscais no Brasil

No Brasil, o destaque é a divulgação do Índice de Atividades Econômicas (IBC-Br) de agosto, indicador que serve de prévia do PIB. O dado mostrou crescimento de 0,2% em relação a julho, interrompendo uma sequência de resultados negativos. No entanto, as preocupações fiscais persistem após a derrubada de uma medida provisória que buscava compensar perdas de arrecadação com aumento do IOF.

Escalada de tensões entre EUA e China impacta os mercados internacionais

Na arena internacional, as tensões entre Estados Unidos e China voltaram a aumentar, após o governo chinês responder às críticas americanas às restrições às exportações de terras raras. A imprensa oficial chinesa defendeu sua política industrial em sete pontos, enquanto os EUA criticaram as ações de Pequim, com o representante comercial americano chamando as medidas de “tomada de controle na cadeia de suprimentos global”.

Segundo Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, as autoridades dos EUA estão buscando uma reunião entre Trump e Xi Jinping para tentar amenizar o conflito comercial. Bessent afirmou que os EUA preferem o diálogo para evitar tarifas superiores a 100% sobre produtos chineses.

Mercados globais e expectativa de estímulos econômicos

As bolsas internacionais apresentaram movimentos variados nesta manhã. Wall Street fechou com perfis distintos: o Dow recuou 0,04%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq tiveram altas de 0,41% e 0,66%, respectivamente. Na Europa, o mercado fechou de forma mista, com o índice europeu STOXX 600 subindo 0,57%, impulsionado por setores de luxo e desdobramentos do FMI e Banco Mundial.

Na Ásia, as principais bolsas fecharam em alta, apoiadas na expectativa por estímulos econômicos na China, mesmo diante das tensões comerciais com os EUA. O índice de Xangai subiu 1,22%, e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,84%, mostrando otimismo dos investidores.

Comportamento do dólar e perspectiva local

O dólar opera com cotação acima de R$6,00 na manhã desta quinta-feira, estendendo o avanço pelo quarto pregão consecutivo. Analistas apontam que a guerra comercial entre EUA e China tem peso determinante na valorização da moeda americana frente ao real. O acumulado semanal do dólar caiu 0,74%, mas no mês, a alta chega a 2,63%, e no ano, a 11,61% de valorização contra o real.

O mercado de ações, por sua vez, observava o Ibovespa abrindo às 10h com alta de 1,37%, após registrar uma alta de 18,56% no acumulado do ano, mesmo diante de incertezas fiscais e polarizações políticas internas.

Especialistas ressaltam que os riscos provenientes da escalada das tensões internacionais e os dados econômicos locais continuarão a determinar a direção dos mercados nos próximos dias, enquanto o cenário global permanece de elevado grau de incerteza.

Para acompanhar as últimas atualizações e notícias em tempo real, baixe o app do g1.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes