O déficit orçamentário dos Estados Unidos diminuiu ligeiramente em 2025, atingindo US$ 1,78 trilhão, uma redução de 2% em relação aos US$ 1,82 trilhão registrados em 2024, de acordo com dados do Departamento do Tesouro divulgados nesta quinta-feira. A baixa ocorreu mesmo com o contínuo ritmo elevado de endividamento, em contexto de crescimento econômico e estabilidade financeira.
Alta na arrecadação de tarifas impulsiona o resultado
As receitas provenientes de tarifas, implementadas pelo governo durante a presidência de Donald Trump, atingiram um recorde de US$ 195 bilhões neste período, resultado de aumentos dramáticos nas tarifas. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, a arrecadação com tarifas pode chegar a até US$ 500 bilhões anuais. Fonte: O Globo.
Proporção do déficit em relação ao PIB
O déficit de 2025 representa cerca de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas de um funcionário do Tesouro, ligeiramente abaixo dos 6,3% de 2024. Os dados oficiais do PIB para o trimestre de julho a setembro ainda não foram divulgados, mas a estimativa prevê uma redução na proporção do déficit sobre o valor total da economia.
Objetivos de responsabilidade fiscal
Scott Bessent manifestou o desejo de diminuir essa proporção para “algo com um três na frente” até o final do mandato de Donald Trump, equivalente a uma meta de 3% do PIB, considerado padrão internacional de responsabilidade fiscal e referência para países da zona do euro. A redução do déficit é vista como estratégia para manter a sustentabilidade das contas públicas em longo prazo.
Perspectivas para o futuro econômico
Embora os números indiquem uma melhora relativa na condição fiscal, o alto endividamento ainda apresenta desafios. O governo busca equilibrar o crescimento econômico com a gestão responsável das contas públicas, especialmente diante do aumento das receitas tarifárias e de uma possível contenção de gastos.
Os analistas alertam que o cenário depende de fatores externos, como políticas comerciais globais e taxas de juros, além de novas medidas econômicas internas. A esperança é de que a redução do déficit contribua para maior responsabilidade fiscal e estabilidade financeira duradoura nos próximos anos.