Brasil, 16 de outubro de 2025
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CPMI do INSS aprova quebras de sigilo e convoca Frei Chico

Comissão investigativa aprova ações contra fraudes no INSS, incluindo convocação de Frei Chico, irmão de Lula, e quebras de sigilo.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reuniu-se nesta quinta-feira (16), em Brasília, para discutir avanços nas investigações. Durante a sessão, o colegiado votou cinco requerimentos, incluindo a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Sindnapi) e irmão do ex-presidente Lula.

Ações da CPMI e quebras de sigilo

Um dos principais pontos da reunião foi a aprovação da quebra do sigilo bancário e fiscal do advogado Eli Cohen, que tem sido um dos denunciantes chave sobre fraudes no sistema de aposentadorias e pensões. Além disso, embora um requerimento que visava a quebra de sigilo do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, tenha sido retirado de pauta, outras ações relevantes foram discutidas.

Convocação de Frei Chico e investigações adicionais

Entre as convocações feitas, a CPMI decidiu ouvir Frei Chico, uma figura controversa nas investigações devido ao seu envolvimento com a sindicalização de aposentados. Os trabalhos da comissão estão em andamento para elucidar as fraudes milionárias que afetam o sistema previdenciário, que foram amplamente reveladas em reportagens publicadas pelo portal Metrópoles.

O escândalo do INSS, cujo início das denúncias foi identificado em dezembro de 2022, revelou uma arrecadação surpreendente pelas entidades sindicais, que em um ano chegaram a R$ 2 bilhões. A denúncia levantou questionamentos sobre a legalidade das mensalidades cobradas dos aposentados e as práticas de filiação que, segundo as investigações, estariam ligadas à fraude.

Repercussões das investigações

A ação da CPMI vai além do âmbito legislativo, já que os resultados das investigações também foram encaminhados à Polícia Federal, levando à instauração da Operação Sem Desconto no dia 23 de abril. As reportagens do Metrópoles foram fundamentais para iluminar a gravidade da situação e resultaram em um inquérito formal relacionado à exploração ilegal de benefícios previdenciários.

A operação, desencadeada pela Polícia Federal, culminou na demissão do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, envolvendo uma série de desdobramentos e novas investigações. No total, foram listadas 38 matérias do Metrópoles na representação que originou a operação, evidenciando a seriedade das denúncias.

Próximos passos da CPMI

A CPMI segue com seus trabalhos, programando novos depoimentos e convocando personagens-chave das investigações. O próximo a ser ouvido será Cícero Marcelino de Souza Santos, assessor do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Família (Conafer), que, segundo a PF, teria atuado como intermediário entre entidades investigadas e funcionários do INSS.

Essas apurações são vistas como críticas para entender a extensão das fraudes e as operações questionáveis que minaram a confiança no sistema previdenciário. À medida que as investigações se adentram em novos terrenos, a CPMI também analisa a situação de outros possíveis envolvidos, como a publicitária Danielle Fonteles, que teve suas contas descartadas para investigação neste momento.

Conclusão e importância do acompanhamento

As ações da CPMI são cruciais não apenas para o esclarecimento dos fatos, mas também para restauração da confiança do público em um sistema que cuida de aposentados e pensionistas. O trabalho da comissão continuará a ser acompanhado de perto, dada a sua relevância para a sociedade e para as políticas públicas. A participação de figuras proeminentes como Frei Chico nesta investigação promete trazer à tona novos elementos que podem ser essenciais para entender o funcionamento interno do INSS e suas falhas.

Os próximos encontros da CPMI prometem desdobramentos significativos e a expectativa é alta quanto aos resultados que poderão surgir dessas investigações, que tocam na vida de milhões de brasileiros dependentes do seguro social.

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