Brasil, 16 de outubro de 2025
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Congresso Nacional da Reconciliação é aguardado em Angola

Evento visa promover a paz e a inclusão em Angola, reunindo líderes e cidadãos para o fortalecimento da cultura cívica.

Nos dias 6 e 7 de novembro, Angola se prepara para receber o Congresso Nacional da Reconciliação, um evento que promete ser significativo em várias esferas da sociedade. Com a presença confirmada do presidente João Lourenço, o congresso não é apenas uma celebração histórica, mas um importante passo em direção à consolidação da paz e à promoção de uma nova cultura cívica no país.

Objetivo do congresso

A iniciativa, promovida pela Igreja Católica, busca ir além de um simples evento comemorativo; ela tem como meta realizar um “exercício coletivo de exorcismo” social, que visa curar as feridas ainda abertas na sociedade angolana após anos de conflito e polarização. Para a Igreja, a presença do Chefe de Estado é crucial, legitimar o evento como um fórum nacional que busca resultados efetivos na transformação da sociedade.

Esperamos reunir cerca de 500 participantes, incluindo líderes religiosos, representantes da sociedade civil e de diversos setores. O congresso busca propiciar uma reflexão profunda sobre o passado de Angola, com o intuito de construir um futuro mais inclusivo e harmonioso.

Reflexão histórica coletiva

O evento servirá como um momento de “introspecção” e “escuta”, promovendo uma reflexão nacional sobre a trajetória de Angola desde a independência, em 1975, e os 23 anos de paz efetiva. Para isso, a análise será segmentada por classes profissionais e sociais, permitindo que diferentes grupos — políticos, empresários, intelectuais e membros da sociedade civil — compartilhem suas experiências e reflexões sobre os erros e acertos que influenciaram a estrutura social do país.

Grupo de políticos angolanos que participam no debate sobre a reconciliação nacional

Grupo de políticos angolanos que participam no debate sobre a reconciliação nacional

Transformação da linguagem política

Outro ponto alto do Congresso Nacional da Reconciliação é a transformação da linguagem política e social em Angola. Segundo os bispos que compõem a Comissão Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), a política deve deixar de ser marcada pela exclusão e discursos de ódio. A ideia é substituir a “política do militante” pela “política da cidadania”, focando na inclusão e no bem-estar de todos os cidadãos.

Produção da Carta Nacional de Compromissos

Um dos principais resultados esperados do Congresso é a elaboração de uma Carta Nacional de Compromissos. Este documento integrará aprendizagens dos últimos 50 anos e estabelecerá novos princípios éticos e cívicos que devem orientar a convivência pacífica, a justiça social e a solidariedade entre os angolanos. A carta se tornará uma base essencial para a construção de um novo espírito de convivência em Angola.

O encerramento do evento será marcado por um culto ecuménico, que simboliza a unidade em torno de um projeto comum: a busca por uma Angola mais reconciliada e solidária.

Convidamos nossos leitores a acompanhar as reflexões sobre os desafios da reconciliação em Angola, com colaborações de figuras influentes como o Padre Celestino Epalanga e Albino Pakisi. A moderação ficará a cargo do correspondente da Vatican News em Angola, Anastácio Sasembele, que trará as principais análises sobre o evento e seu impacto na sociedade angolana.

Padre Celestino Epalanga e Albino Pakisi

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