Brasil, 16 de outubro de 2025
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Comissão rejeita convocação de Frei Chico para depor na CPI do INSS

Senadores e deputados da CPI do INSS negam convocação de Frei Chico, irmão de Lula, no contexto de investigação de fraudes.

Nesta quinta-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu, em uma votação apertada, rejeitar a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para depor sobre supostas fraudes envolvendo a entidade. A rejeição foi marcada por 19 votos contrários contra 11 favoráveis, com a presença do presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), que não participou da votação.

Contexto da CPI e o papel de Frei Chico

A CPI do INSS se destina a investigar um esquema bilionário de fraudes que estaria ocorrendo dentro do Instituto. Frei Chico, que ocupa o cargo de vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), foi inicialmente chamado para depor devido a seu envolvimento com a entidade, que tem sido objeto de investigações, incluindo mandados de busca e apreensão. No entanto, ao contrário de outros dirigentes do Sindnapi, ele não foi citado de forma direta nas investigações.

Dos 11 requerimentos apresentados para a convocação de Frei Chico, todos foram rejeitados, evidenciando um forte alinhamento da base governista para barrar a sua participação na comissão. O desfecho da votação sugere um acordo político dos membros da CPI para minimizar a presença de figuras associadas ao governo atual.

Votação e seus desdobramentos

Como votaram os parlamentares

A lista de votos foi dividida, e entre os que apoiaram a convocação de Frei Chico estavam senadores e deputados de partidos como o PL, o Novo e o Republicanos. Em contrapartida, a maior parte dos votos contrários vieram de partidos como o PT, o MDB e o PDT.

Votaram pela convocação:

  • Jorge Seif (PL-SC) – senador
  • Izalci Lucas (PL-DF) – senador
  • Eduardo Girão (Novo-CE) – senador
  • Rogério Marinho (PL-RN) – senador
  • Damares Alves (Republicanos-DF) – senadora
  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO) – deputado
  • Coronel Fernanda (PL-MT) – deputado
  • Adriana Ventura (Novo-SP) – deputada
  • Alfredo Gaspar (União-AL) – deputado
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS) – deputado
  • José Medeiros (PL-MT) – deputado

Votaram contra a convocação:

  • Soraya Thronicke (Podemos-MS) – senadora
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP) – senador
  • Veneziano Vital do Rego (MDB-PA) – senador
  • Paulo Pimenta (PT-RS) – deputado
  • Rogério Correia (PT-MG) – deputado
  • Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) – deputado
  • Humberto Costa (PT-PE) – senador
  • Eliziane Gama (PSD-MA) – senadora
  • José Lacerda (PSD-MT) – senador
  • Rogério Carvalho (PT-SE) – senador
  • Paulo Paim (PT-RS) – senador
  • Leila Barros (PDT-DF) – senadora
  • Átila Lira (PP-PI) – deputado
  • Cleber Verde (MDB-MA) – deputado
  • Orlando Silva (PCdoB-SP) – deputado
  • Ricardo Ayres (Republicanos-TO) – deputado
  • Alencar Santana (PT-SP) – deputado
  • Dagoberto Noguera (PSDB-MS) – deputado
  • Beto Faro (PT-PA) – senador

A votação refletiu um forte movimento da base aliada ao governo, que objetivava não fomentar mais controvérsias jurídicas e políticas em torno de figuras próximas a Lula. Além disso, a CPI também rejeitou investigações sobre a publicitária Danielle Miranda Fonteles e sua empresa, que receberam um expressivo montante de um lobista conhecido, também relacionado ao INSS.

Implicações e o futuro da investigação

A rejeição da convocação de Frei Chico tem implicações diretas na transparência da CPI e sua capacidade de alcançar um entendimento claro sobre os eventos em investigação. O advogado Eli Cohen, cuja quebra de sigilo bancário foi aprovada, ele afirmou que o esquema de fraudes não poderia ter acontecido sem o envolvimento de altos escalões do INSS. Ele alertou sobre um envolvimento que incluiria tanto o presidente da instituição quanto o ministro da Previdência.

A continuidade da CPI e as ações futuras dependerão do desenrolar dos trabalhos e da colaboração que angariar entre os envolvidos nas investigações. A rejeição da convocação de Frei Chico, embora tenha preservado algumas figuras-chave, levanta questões sobre a credibilidade da CPI e sua habilidade para abordar um tema tão sensível quanto a fraude no sistema previdenciário brasileiro.

O cenário político continua tenso, e a sociedade brasileira acompanha atentamente os desdobramentos dessa investigação que pode impactar não apenas a segurança da aposentadoria de milhões, mas também a confiança nas instituições públicas.

As informações foram extraídas da publicação original e confirmadas por fontes diretas, incluindo o site do GLOBO.

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