Brasil, 16 de outubro de 2025
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Vereador Rubens Uchôa é preso em operação da Polícia Federal

Operação investiga desvio de fundos eleitorais e outros crimes nas eleições de 2022 no Tocantins.

No início da manhã desta quarta-feira, 15 de outubro, o vereador Rubens Uchôa, do partido União Brasil (UB), foi preso durante uma operação da Polícia Federal que apura suspeitas de desvio de recursos do fundo eleitoral. A abordagem ocorreu em meio à execução de mandados de busca e apreensão em quatro ações distintas, conhecidas como Atos 5:1-11 I, II, III e IV. A operação investiga delitos relacionados às eleições de 2022, incluindo falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita de recursos públicos destinados a campanhas eleitorais.

Prisão e investigação

De acordo com informações da TV Anhanguera, Uchôa foi detido após serem encontradas irregularidades, incluindo posse ilegal de arma de fogo. A Polícia Federal confirmou que a prisão foi realizada em flagrante. A defesa do vereador declarou que a condução dele à sede da PF focou exclusivamente em esclarecimentos sobre a posse da arma. Quanto às investigações relativas à campanha eleitoral, a defesa ressalta que ainda não teve acesso aos autos do processo.

Implicações jurídicas da operação

A operação da PF não se limita à prisão de Rubens Uchôa; foram emitidos oito mandados de busca e apreensão. As investigações visam identificar todos os envolvidos em possíveis ações criminosas e mapear os recursos públicos que podem ter sido utilizados de forma ilícita, como em operações de caixa dois ou compra de votos. Essas irregularidades, se confirmadas, violam gravemente a legislação eleitoral e podem sujeitar os investigados a penalidades severas.

Os crimes em questão incluem falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita, que, se confirmados, podem acarretar penas de até nove anos de reclusão, além da perda de bens e valores como forma de reparação pelos danos causados.

Contexto bíblico da operação

Curiosamente, o nome das operações – “Atos 5:1-11” – faz referência a uma passagem bíblica que narra a história de Ananias e Safira, que foram punidos por ocultarem parte de uma oferta e mentirem sobre sua origem. A alusão sugere que os investigados podem ter adotado condutas similares, ocultando a verdadeira destinação dos valores recebidos durante a campanha.

Nota de Rubens Uchôa

A assessoria do vereador divulgou uma nota esclarecendo que a investigação diz respeito à Operação da Polícia Federal e que o parlamentar permanece à disposição da Justiça para colaborar com o que for necessário. Rubens Uchôa afirmou ainda que não teve acesso aos documentos do processo, mas reitera seu compromisso com a transparência e o devido processo legal.

“Mantenho meu trabalho parlamentar com serenidade e dedicação ao povo tocantinense, preservando os valores éticos e democráticos que sempre nortearam minha ação pública”, destacou o vereador.

Desdobramentos e reações

A Câmara de Vereadores de Palmas, onde Uchôa atua, também se manifestou, esclarecendo que não possui informações sobre o caso, mas que está à disposição do vereador assim que tiver mais detalhes. A comunidade política e o público em geral aguardam agora por mais desdobramentos dessa complexa investigação, que pode trazer à tona novos detalhes sobre o uso de recursos públicos nas campanhas eleitorais de 2022 no Tocantins.

Por fim, as investigações da Polícia Federal ressaltam a importância de um processo eleitoral limpo e transparente, onde a correta aplicação dos recursos públicos é essencial para a democracia. O caso de Rubens Uchôa pode servir como um alerta para outros candidatos e servidores públicos sobre as consequências legais que podem advir de irregularidades em épocas de eleição.

Para mais informações sobre este e outros casos relacionados, acompanhe as atualizações no portal g1 Tocantins.

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