Brasil, 15 de outubro de 2025
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Venda ilegal de sangue de gatos é desarticulada em Monte Alto

Denúncia revela esquema clandestino em Monte Alto que levou à prisão de três pessoas e ao resgate de gatos maltratados.

No último mês, Monte Alto, interior de São Paulo, foi palco de um esquema ilegal envolvendo a coleta de sangue de gatos. A prática, que prejudica a saúde e o bem-estar dos animais, foi desmantelada após uma denúncia anônima que chamou a atenção das autoridades. O caso levanta discussões sobre a proteção animal e os limites éticos na medicina veterinária.

Como o esquema foi descoberto

A situação veio à tona quando um cidadão, que prefere não se identificar, viu um anúncio nas redes sociais oferecendo R$ 50 para tutores que aceitassem submeter seus gatos à doação de sangue. Intrigado, ele decidiu simular interesse na oferta e entrou em contato com os responsáveis pelo negócio clandestino. Após iniciar as negociações, a pessoa denunciou o fato à Guarda Civil Municipal e à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

Os investigadores realizaram uma operação e foram até a casa onde ocorriam as coletivas de sangue. Ao chegarem lá, foram recebidos por uma mulher que atuava como intermediadora. Em áudios gravados, ela descreveu o processo de coleta, mencionando o uso de sedativos nos gatos para facilitar o procedimento.

Os impactos sobre os gatos resgatados

Após a operação policial, oito gatos foram resgatados e levados a uma clínica veterinária em Jaboticabal (SP). De acordo com a veterinária Carla Adriana Marconato, dois dos gatos estavam em estado grave, e todos apresentavam sinais de anemia e desnutrição. Um dos felinos resgatados foi diagnosticado com FIV, uma doença viral que ataca o sistema imunológico dos gatos e pode ter sido transmitida durante as transfusões de sangue realizadas sem critério.

“A situação desses animais é muito preocupante. É devastador saber que eles foram submetidos a essas práticas irresponsáveis”, afirma a veterinária Marconato. Após a recuperação, os gatos estarão disponíveis para adoção, dando a eles uma nova chance de vida.

Responsáveis pela prática ilegal foram presos

Dentre os cinco indivíduos levados à delegacia, três foram detidos. Cleiton Fernando Torres, um estudante de veterinária, e duas mulheres, Sandra Regina de Oliveira e Angela Aparecida Alves Ribeiro, foram os encarregados pela coleta clandestina de sangue. Eles foram autuados por abuso a animais conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98). As investigações continuam para identificar outras possíveis envolvidas e as condições em que o sangue coletado era utilizado.

Declarações e justificativas dos suspeitos

Os acusados alegaram estar trabalhando como freelancers para uma clínica veterinária em São José do Rio Preto. Cleiton, que coordenava os procedimentos, afirmou que recebia R$ 300 por dia, enquanto os outros dois recebiam R$ 100 cada. A defesa de Cleiton argumentou que não há leis que proíbam a existência de bancos de sangue veterinário, desde que realizados humanamente.

No entanto, a reality show não parece ter minimizado o impacto emocional e físico nos gatos envolvidos, deixando a sociedade em um dilema sobre a ética nas práticas veterinárias. A situação desses animais já repercute nas redes sociais, gerando indignação e mobilização em prol dos direitos dos animais.

A importância da conscientização e proteção animal

Casos como o de Monte Alto reforçam a urgência de advogar por melhores legislações e fiscalização em relação à saúde e bem-estar dos animais. Além das leis existentes, é fundamental que a sociedade esteja atenta e denuncie práticas suspeitas. Hover é crucial que todos os tutores de animais tenham ciência sobre os direitos e necessidades de seus pets, evitando que situações de abuso e exploração continuem ocorrendo.

A proteção animal é uma responsabilidade coletiva. Com atitudes como a do denunciante anônimo, é possível garantir que esses seres não sofram nas mãos de quem prioriza o lucro sobre o bem-estar.

Para efeitos de adoção ou alertas sobre o bem-estar animal em sua região, mantenha-se informado por meio das redes de proteção, clínicas veterinárias e ONGs locais.

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