Nesta quarta-feira (15), o dólar iniciou a sessão em queda de 0,16%, negociado a R$ 5,4608, enquanto o Ibovespa abre suas operações às 10h, em meio a uma agenda de dados econômicos e tensões internacionais que movimentam os mercados.
Impacto das notícias econômicas no Brasil e nos Estados Unidos
No Brasil, o IBGE divulgou que as vendas no varejo avançaram 0,2% em agosto, na comparação com julho, e subiram 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esses dados reforçam a recuperação do setor, que atualmente está 18,7% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. O setor de serviços também apresentou leve crescimento, de 0,1% em agosto, com uma 17ª sequência de resultados positivos.
Nos Estados Unidos, o foco recai sobre o Livro Bege — relatório do Federal Reserve — que reúne avaliações sobre a economia dos 12 distritos do país, influenciando as expectativas sobre inflação, emprego e crescimento. Discursos de dirigentes do Fed também pautam os investidores, com Raphael Bostic, Christopher Waller e Michael Schmid comentando ao longo do dia sobre os próximos passos da política monetária.
Declarações de Bessent aumentam a tensão entre EUA e China
Em entrevista ao Financial Times, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, acusou a China de buscar enfraquecer a economia global. “Mostra a fragilidade da economia chinesa e um desejo de puxar o restante do mundo para baixo”, declarou. A manifestação veio após o governo chinês anunciar restrições à exportação de terras raras, medida que levou Donald Trump a ameaçar novas tarifas ao país.
Na véspera, Trump também escreveu em suas redes sociais que Xi Jinping enfrentava um “momento difícil”, enquanto Pequim buscava uma postura mais conciliadora, pedindo cooperação dos EUA. Ainda assim, o clima de tensão persiste com troca de declarações e sinais de conflito no cenário diplomático.
Paralisação do governo americano e cenário de incerteza
A paralisação parcial do governo dos EUA completou 14 dias nesta terça-feira, sem avanços concretos na resolução do impasse, que gira principalmente em torno de fundos para saúde pública e o financiamento da Lei de Cuidados Acessíveis. O presidente da Câmara, Mike Johnson, alertou para o risco de uma das maiores paralisações da história do país, defendendo um orçamento “limpo”.
Enquanto isso, o Senado tentou retomar as votações, mas sem sucesso imediato, refletindo o alto grau de incerteza que impacta os mercados globais. O líder democrata Hakeem Jeffries convocou reuniões para discutir alternativas ao impasse.
Perspectivas econômicas nos EUA e no mundo
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o mercado de trabalho dos EUA permanece resistente, apesar de contratações e demissões em ritmo lento. Ele destacou que o Fed avaliará os cortes de juros de reunião em reunião, e sua próxima decisão deve ocorrer em 28 e 29 de outubro, com expectativa de redução de 0,25 ponto percentual.
Powell também mencionou sinais de redução na liquidez do mercado financeiro e sinalizou cautela nas próximas ações, mantendo a intenção de encerrar o ciclo de aperto monetário iniciado em 2022, para evitar instabilidade.
Mercados globais lideram expectativa de cortes de juros
Na bolsa de Nova York, os futuros operam em alta nesta manhã otimista, impulsionados por resultados corporativos positivos e as declarações do presidente do Fed. O Dow Jones Futuro sobe 0,44%, o S&P 500 avança 0,65% e o Nasdaq lidera com 0,86%, enquanto Trump ameaças comerciais continuam gerando cautela global.
Enquanto o cenário geopolítico se mantém tenso, os investidores avaliam os sinais de fragilidade na economia chinesa, as movimentações do Federal Reserve e o impacto das disputas comerciais na dinâmica do mercado mundial.
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