Na última terça-feira (14/10), Luidis Francisco de Souza, um psicólogo atuante na cidade de Muriaé, Minas Gerais, foi preso sob a acusação de abusar sexualmente de pacientes adolescentes, incluindo aqueles com deficiências. O caso, que chocou a comunidade local, gerou uma série de investigações por parte das autoridades.
Investigações e operação “Anjos da Guarda”
As investigações que culminaram na prisão do psicólogo foram conduzidas pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Militar. Durante a operação denominada “Anjos da Guarda”, a polícia apreendeu diversos materiais e dispositivos eletrônicos que podem fornecer evidências adicionais sobre a possível participação de outras pessoas nos crimes. Segundo o promotor Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a análise dos materiais apreendidos poderá esclarecer muitos aspectos do caso e descobrir se houve colaboração de terceiros nas ações de Souza.
Ainda não há informações divulgadas sobre o número exato de vítimas ou sobre os locais onde os abusos teriam ocorrido. Contudo, as autoridades garantem que a investigação está em andamento e que novos detalhes devem surgir nas próximas semanas.
Contexto das acusações
Conforme os relatos, Luidis age “valendo-se de sua atividade profissional” para realizar os abusos, o que traz à tona discussões sobre a ética e a responsabilidade dos profissionais da saúde em relação às suas práticas. A vulnerabilidade de alguns adolescentes, especialmente aqueles com deficiência, é um ponto crítico que as autoridades estão seguindo com rigor.
Além da prisão preventiva de Luidis, a operação também incluiu três mandados de busca e apreensão e um mandado de suspensão de atividades econômicas e financeiras, devido a suspeitas de que os recursos poderiam estar relacionados a crimes graves.
Reação do Conselho Regional de Psicologia
O Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) se manifestou por meio de uma nota oficial, informando que tomou ciência do caso por meio da mídia e que até o momento não recebeu denúncias formais contra Luidis. O CRP-MG explicou que irá encaminhar a investigação para apuração interna, reforçando seu compromisso com a proteção da integridade física e psicológica de crianças e adolescentes.
“Esse compromisso é um pilar fundamental da atuação profissional em Psicologia”, afirmou o CRP-MG.
O conselho ressaltou que qualquer cidadão pode formalizar denúncias através de um formulário disponível em seu site, permitindo que casos semelhantes sejam tratados com a devida seriedade e atenção.
A situação legal do suspeito
Atualmente, Luidis Francisco de Souza se encontra detido no Presídio de Muriaé, à disposição da Justiça. As autoridades responsáveis pelo caso garantem que a investigação prossegue com total prioridade, visando assegurar que todas as vítimas e possíveis envolvidos sejam corretamente identificados e responsabilizados.
Em um momento delicado como este, a segurança e o bem-estar das vítimas são prioridades absolutas, e as ações judiciais estão sendo tomadas com o objetivo de proteger a sociedade e trazer justiça aos afetados. A sociedade aguarda novos desdobramentos sobre o caso, que desafia a confiança na profissão psicológica e levanta questões sérias sobre a proteção de grupos vulneráveis em nossa sociedade.