Brasil, 15 de outubro de 2025
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Pequenos negócios do Pará se preparam para a COP30 com foco em inovação sustentável

Empresários e cooperativas do Pará se capacitaram para transformar a COP30 em uma vitrine de vendas e inovação ecológica

Os pequenos negócios do Pará vêm se preparando intensamente para a COP30, que será realizada em Belém, com o objetivo de promover a economia sustentável e valorizar a cultura local. Empresários e cooperativas participam de cursos, treinamentos e ações de capacitação, buscando aproveitar a oportunidade do evento para fortalecer suas marcas e negócios no cenário internacional.

Iniciativas do Sebrae-Pará para impulsionar negócios locais na COP30

Segundo Rubens Magno Júnior, diretor-superintendente do Sebrae-Pará, a instituição estruturou sua atuação em quatro principais eixos: mobilidade urbana, hospitalidade, alimentos e bebidas e economia criativa. Até maio de 2025, o programa Capacita COP30 qualificou mais de 7 mil empreendedores em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Pará, totalizando mais de 40 mil atendimentos a 15.467 empresas.

Foco na inclusão dos pequenos negócios na agenda climática

“95% dos negócios do país são pequenos. Nossa missão foi pensar como incluí-los nesse debate climático”, afirma Rubens Magno. Ele explica que o esforço também envolveu um trabalho de letramento dos empreendedores para que compreendam os conceitos da COP e possam integrá-los às suas práticas comerciais. Como exemplo, ele cita um peixeiro do Ver-o-Peso, que disse: “Agora eu entendi, vou poder vender mais peixe para os estrangeiros”.

Programas de impacto e valorização da cultura local

Entre as ações de destaque, Rubens cita o NISA (Negócios de Impacto Socioambiental), que já apoiou quase 180 negócios – muitos liderados por mulheres – com um investimento de quase R$ 700 mil. Outro projeto importante é o Sustentem Nova, um programa europeu de 4,6 milhões de euros, que resultou na restauração de mil hectares de área produtiva e no fortalecimento de quase 20 cadeias de valor regional.

Transformação cultural e protagonista na agenda climática

Para Rubens, o legado da COP30 vai além da infraestrutura, consolidando uma mudança de mentalidade entre os pequenos negócios locais. “Eles passam a se ver como protagonistas da agenda climática e entendem o valor estratégico da Amazônia para o mercado internacional”, destaca. Essa conscientização estimula novas perspectivas de venda, incluindo para o exterior, e a valorização das particularidades da região.

Mobilização da comunidade local na Ilha do Combu e na região

Na Ilha do Combu, os barqueiros também se mobilizam, realizando cursos de inglês, gestão de negócios e atendimento ao público, para melhor receber os visitantes durante o evento. Analice Mota, representante da Cooperativa de Transporte por Embarcação da Ilha do Combu (Coppertrans), explica que a capacitação, realizada sem apoio governamental, é fundamental para fortalecer o turismo local e alavancar oportunidades após a conferência.

Ela ressalta: “A capacitação é um passo importante para o fortalecimento do turismo, beneficiando a comunidade e garantindo uma experiência mais completa para os visitantes”.

Arte e economia criativa na COP30

Durante a preparação para a COP30, a artesã Maynara Sant’Ana, de Belém, produziu peças inspiradas na cultura marajoara, moldadas por mãos da família para a conferência. Ela destaca que a exposição das cerâmicas também oferece experiências autênticas na casa de cerâmica em Coraci, distrito de Belém, conectando visitantes à cultura local.

O trabalho da família Sant’Ana refletiu na ampliação da equipe de produção, que agora conta com três novos profissionais. Maynara afirma que, embora o volume de produção seja limitado por questões de mão de obra qualificada, o impacto cultural e econômico da iniciativa é significativo, especialmente com a possibilidade de exportação de seus produtos, que já despertou interesse de empresas estrangeiras.

Inovação sustentável e valorização da bioeconomia

A família Pinon, de Breu Branco, também aproveita a oportunidade da COP para divulgar sua linha de biocosméticos feitos com mel de açaí e castanha-do-pará, produzido com técnicas sustentáveis e reflorestamento. Carmélia Pinon explica que a empresa já planeja expandir suas exportações, visando mercados internacionais, incluindo uma importadora da Dinamarca.

“Recuperamos o solo, reflorestamos com açaí e andiroba e desenvolvemos produtos que unem tecnologia e tradição”, comenta Carmélia, destacando o impacto positivo que a conferência deve gerar na visibilidade e valorização da bioeconomia regional.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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