Brasil, 15 de outubro de 2025
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O impacto ambiental da guerra em Gaza

A guerra em Gaza, além da destruição humanitária, agravou seriamente os problemas ambientais da região, com danos à infraestrutura e aos recursos naturais.

Um novo relatório do Instituto Arava revela que a guerra em Gaza deixou aproximadamente 69% da infraestrutura da região danificada, destruindo sistemas essenciais de água e energia. Mesmo antes do conflito, Gaza enfrentava sérios desafios ambientais, incluindo deficiência no fornecimento de energia e alto índice de poluição da água.

Destruição e crise nos recursos

Segundo o diretor de diplomacia ambiental do Instituto Arava, David Lehrer, Gaza tinha uma situação crítica antes do conflito, com apenas metade da energia necessária sendo fornecida e 95% da água contaminada. A guerra agravou ainda mais esses problemas, principalmente pela escassez de combustíveis devido ao bloqueio israelense, que resultou no fechamento de estações de tratamento de água e esgoto.

Até 14 de outubro de 2025, Israel ainda não permitia a entrada de combustível ou gás na região, o que comprometeu a recuperação dos serviços públicos essenciais. Como consequência, a disponibilidade de água caiu para apenas 8,4 litros por pessoa por dia — muito abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 15 litros.

Contaminação e risco de doenças

O acumulo de esgoto não tratado e o uso de explosivos na região têm contaminado o Aquífero compartilhado com Israel e Egito, criando condições ideais para a proliferação de doenças transmitidas pela água. A guerra também dizimou mais de 80% das terras agrícolas, prejudicando a produção de alimentos e agravando a insegurança alimentar na região.

Impactos na landa e na saúde pública

Lehrer ressalta que o conflito prejudicou a produtividade agrícola, destruindo plantações que abasteciam o mercado local e contaminando o solo com gases tóxicos provenientes de munições, dificultando a recuperação agrícola futura.

Perspectivas para a recuperação ambiental

O relatório, atualizado em 2025, combina dados de organizações internacionais como a ONU e a Organização Mundial da Saúde, além de relatos de trabalhadores humanitários. A reconstrução do território e a mitigação dos danos ambientais enfrentarão um longo percurso, com estimativas de custos de até 70 bilhões de dólares.

As condições ambientais de Gaza, agravadas pela guerra, demonstram a necessidade de abordagens integradas de paz e sustentabilidade, para evitar que a devastação humanitária perpetue danos ainda maiores ao meio ambiente local.

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