Brasil, 15 de outubro de 2025
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Ministro Moraes critica leis que proíbem abordagem de gênero nas escolas

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, classifica como “política da avestruz” o silêncio sobre questões de gênero nas escolas.

Nesta quarta-feira (15/10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez declarações polêmicas durante um julgamento que discutia a restrição de temas de gênero nas escolas. Para Moraes, a chamada “política da avestruz”—que ignora a realidade sobre questões de gênero—não é aceitável na educação contemporânea. A discussão surgiu no contexto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 466, que questionava a Lei 4.268/2015, do Município de Tubarão, em Santa Catarina, que impedia a inclusão de temas relacionados a gênero e orientação sexual no currículo escolar.

A crítica à omissão nas escolas

Durante a sessão, o ministro Moraes afirmou que proteger a infância não significa esconder as crianças da realidade. Ele criticou a proibição do uso do termo “gênero” nas escolas, afirmando que isso é viver fora do século 21, especialmente em uma era dominada pelas redes sociais. “Não é possível fingir para as crianças que não existem pessoas trans, travestis. Não podemos ensinar que existem apenas meninos que se vestem de azul e meninas que se vestem de rosa”, disse Moraes, enfatizando a importância de abordar temas de gênero nas aulas.

“Exageros de qualquer dos extremos sempre são condenáveis, mas há necessidade de nós rompermos no Brasil o que eu chamo da política do avestruz: que é fingir que não existe”, comentou o ministro.

Além da ADPF 466, o plenário do STF também analisou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 522, que questionava leis de Petrolina, no Pernambuco, que vedam a discussão de gênero nas escolas. As leis foram consideradas inconstitucionais, uma vez que o município não possui competência para legislar sobre educação. Contudo, os ministros aproveitaram para deixar suas opiniões sobre a necessidade de uma abordagem mais sensível e pedagógica sobre a temática.

Considerações sobre a abordagem pedagógica

O ministro Nunes Marques, por exemplo, destacou a importância de ter cuidado ao abordar esses temas nas escolas. Ele defendeu que aulas sobre gênero devem ser guiadas e evitar rótulos ou pressões que possam impactar a autoidentificação das crianças. Marques também apresentou estudos que defendem uma educação inclusiva, mas que respeite a individualidade e a fase de desenvolvimento das crianças.

O debate sobre a educação inclusiva

A discussão em torno da abordagem de gênero nas escolas é parte de um debate mais amplo sobre diversidade e inclusão no Brasil. Com a ascensão de movimentos sociais que lutam pelos direitos de todas as identidades de gênero, o papel da educação torna-se fundamental na formação de uma sociedade mais respeitosa e informada. A omissão de temas relevantes pode perpetuar preconceitos e discriminações, que podem ser combatidos com informação e educação de qualidade.

Com o apoio do STF, espera-se que novas diretrizes educacionais sejam criadas, promovendo uma educação mais inclusiva, que permita que todas as crianças tenham seus direitos respeitados e suas identidades reconhecidas.

À medida que debates continuam a se desenrolar nas esferas políticas e sociais, fica claro que a luta pela inclusão de temas de gênero na educação não é apenas uma questão de direito, mas sim de justiça e respeito às diversas individualidades que compõem nossa sociedade. A educação é o primeiro passo para a formação de cidadãos informados e respeitosos desde a infância.

Para mais informações, acesse a matéria completa.

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