Brasil, 15 de outubro de 2025
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Intoxicação por metanol: aumento dos casos no Brasil

O Brasil registra 41 casos de intoxicação por metanol, com 6 mortes confirmadas. Entenda os sintomas e o tratamento disponível.

O Brasil enfrenta um alerta diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol, substância encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas. O Ministério da Saúde divulgou, no dia 15 de outubro, uma nova atualização sobre essa preocupante situação, que já contabiliza 148 notificações relacionadas ao consumo dessa substância. Entre os registros, 41 casos estão confirmados, enquanto 107 investigações permanecem em andamento e 469 ocorrências foram descartadas.

Distribuição dos casos pelo Brasil

Os casos confirmados de intoxicação por metanol estão distribuídos por quatro estados: São Paulo lidera com 33 casos, seguido pelo Paraná com 4, Pernambuco com 3 e Rio Grande do Sul com 1. A maioria das investigações também está concentrada em São Paulo, com 57 registros. Outros estados como Pernambuco (12), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Alagoas (1) e Goiás (1) também reportam casos suspeitos.

Mortes e investigações em andamento

Situações alarmantes acompanham esse surto, com seis mortes confirmadas em São Paulo e duas em Pernambuco. Além disso, há 10 óbitos sob investigação: 1 na Paraíba, 1 no Paraná, entre outros estados. Essa série de casos reacende a discussão sobre os perigos da ingestão de bebidas alcoólicas não regulamentadas.

O que acontece no corpo após a ingestão de metanol

Os efeitos do metanol no organismo podem ser devastadores e ocorrem em diferentes estágios. Nas primeiras 12 horas após a ingestão, os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, tontura e náuseas, que podem ser confundidos com uma simples ressaca. Após 24 horas, o estado do paciente pode agravar-se, apresentando dificuldades respiratórias, dor abdominal e confusão mental. Em 48 horas, casos mais severos podem levar a coma e até à morte se a intoxicação não for tratada rapidamente.

Tratamento da intoxicação por metanol

O tratamento eficaz depende do reconhecimento precoce dos sintomas. O Ministério da Saúde, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), emitiu diretrizes para que profissionais de saúde possam identificar e tratar casos de intoxicação. Os médicos são orientados a administrar etanol ou fomepizol, que atuam como antídotos, assim que o diagnóstico for suspeito. Em casos mais graves, é crucial que os pacientes sejam encaminhados para unidades de terapia intensiva (UTI).

Ações do Ministério da Saúde

Em resposta à situação, o Ministério da Saúde está implementando várias medidas para reforçar o apoio ao estado de São Paulo na confirmação de casos suspeitos. O ministro Alexandre Padilha destacou a importância de agilizar a confirmação ou descarte dos casos por meio de uma sala de situação criada especificamente para o acompanhamento da evolução dos casos.

Para acelerar os diagnósticos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp aumentará sua capacidade de análise, podendo realizar até 190 exames por dia. A Fiocruz também se unirá ao esforço, disponibilizando seu laboratório para a análise dos casos de intoxicação química, não apenas durante este surto, mas de forma contínua.

Além disso, um novo lote do antídoto fomepizol, que bloqueará a ação tóxica do metanol no organismo, será importado dos Estados Unidos e distribuído em centro de toxicologia em todo o Brasil. Cada paciente pode necessitar de duas a quatro ampolas do medicamento para obter um tratamento eficaz.

Prevenção e conscientização

Com o aumento dos casos, é fundamental promover a conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas não regulamentadas. Informações sobre como descartar garrafas de destilados e os riscos associados ao metanol são essenciais para garantir a segurança da população. Mesmo sendo uma questão relacionada à saúde, a responsabilidade pessoal e coletivo é um aspecto que não deve ser ignorado.

Com um panorama alarmante no país, é crucial que os cidadãos se mantenham informados e cautelosos em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, priorizando sempre a segurança e evitando riscos à saúde.

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