Brasil, 15 de outubro de 2025
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EUA deixam top 10 de passaportes mais poderosos pela primeira vez em 20 anos

Declínio do passaporte americano reflete mudanças na política de imigração e na posição global de influência dos EUA

Pela primeira vez em duas décadas, o passaporte dos Estados Unidos caiu para fora do top 10 dos mais poderosos do mundo, segundo o Henley Passport Index de 2025. A perda de status evidencia uma mudança nas dinâmicas de mobilidade global e influência diplomática do país.

Caída do passaporte americano e o avanço de países asiáticos

De acordo com o índice, o passaporte dos EUA, que em 2024 ocupava a 7ª posição com acesso a 180 países sem visto, agora está empatado em 12º lugar, juntamente com a Malásia. Países como Singapura, Coreia do Sul e Japão lideram a lista, com acesso sem visto a 193, 190 e 189 destinos, respectivamente. Alemanha, Luxemburgo e Itália também estão entre os principais colocados.

Razões para o declínio do poder de mobilidade dos EUA

Impacto das mudanças na política de imigração

Especialistas apontam que a administração Trump foi fundamental na mudança. Annie Pforzheimer, da Center for Strategic and International Studies, afirma que “antes mesmo de uma possível volta a uma segunda gestão Trump, a política exterior dos EUA já começava a se retrair, refletindo uma mentalidade isolacionista que diminui o poder de soft power do país”.

Ela acrescenta que barreiras legais e questionáveis para viagens e residências temporárias criaram “sinais de alerta” para os viajantes internacionais, além de destacar que as ações de deportação em massa reforçam essa tendência de isolamento.

Reações e implicações globais

Christian Kaelin, presidente do Henley & Partners, observa que “a força do passaporte dos EUA não é apenas uma questão de rankings, significa uma mudança mais profunda na mobilidade e nas influências diplomáticas globais”.

O relatório aponta que nações que adotam maior abertura e cooperação internacional têm avançado, enquanto aquelas que se apoiam em privilégios históricos acabam ficando para trás. As transformações também refletem uma mudança na forma como os países se posicionam na arena global.

Próximos passos e perspectivas

O documento sugere que o declínio no índice de mobilidade pode influenciar futuras políticas de imigração e relações exteriores dos EUA. As estratégias de fortalecimento do soft power internacional passam a depender de reavaliações nas políticas públicas e diplomáticas do país.

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