O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (14/10) para comentar a manifestação contrária do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao pedido de prisão preventiva solicitado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSol-RJ). No vídeo, Eduardo criticou a postura do ministro Alexandre de Moraes em levar o caso adiante, mesmo com a recomendação da PGR contra a prisão.
Críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes
Durante sua declaração, Eduardo Bolsonaro expressou desaprovação sobre a decisão de Moraes em solicitar o parecer da PGR, afirmando que “ao invés de indeferir, de rejeitar o pedido, ele toca adiante e pede a opinião do PGR”. O parlamentar, que está sob investigação por suposta coação no processo que envolveu seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, questionou a motivação por trás das ações dos parlamentares que pediram sua prisão.
“Quem deveria estar nesse processo, segundo eles alegam, seria o presidente Trump, o secretário Marco Rubio, o secretário Scott Bessent. Mas como eles não têm coragem de fazer isso, eles vêm para cima de mim, porque já viram que ameaçar os meus familiares não adianta”, criticou Eduardo.
A postura do deputado frente às acusações
Eduardo Bolsonaro também abordou a possibilidade de ser condenado por coação, afirmando que “mesmo que condenado, jamais iria preso, porque é um crime que prevê apenas de um a 4 anos de cadeia”. Ele completou dizendo que, pela legislação, uma pena inferior a quatro anos para um réu primário não resultaria em prisão, destacando sua confiança no desfecho da situação.
O vídeo foi divulgado no perfil de Eduardo na rede social X, onde ele também fez declarações assertivas. “Moraes e PT me acusam de cometer crimes enquanto vivo aqui nos EUA. Neste tabuleiro, não há bobos e o regime não está mais tão à vontade. As coisas estão mudando. Nós venceremos”, afirmou.
Alegações da PGR sobre o pedido de prisão
O pedido de prisão preventiva contra Eduardo foi fundamentado em sua suposta atuação em favor de sanções do governo dos EUA, que estariam interferindo no julgamento dosacusados pela tentativa de golpe militar, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A manifestação contrária da PGR foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de terça-feira.
O procurador-geral, Gonet, esclareceu que os deputados autores do pedido não possuem legitimidade para solicitá-lo, visto que o artigo 311 do Código de Processo Penal determina que isso cabe apenas à polícia judiciária e ao Ministério Público. Além disso, o PGR ressalvou que se reserva o direito de, em outro momento, avaliar a possibilidade de requisitar medidas cautelares.
Contexto da investigação
A investigação envolvendo Eduardo Bolsonaro ocorre em um cenário de tensão política e judicial no Brasil. As acusações de coação se dão em um ambiente onde muitos apoiadores e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro possuem visões divergentes sobre os eventos recentes que cercam a administração passada. A dualidade de posicionamentos políticos ressalta as complexidades do sistema judicial brasileiro.
Através de suas declarações, Eduardo Bolsonaro parece buscar não apenas se defender, mas também afirmar sua influência política e social em um momento delicado. Sua retórica reflete um esforço para conquistar apoio entre os seguidores e confrontar a narrativa contrária que tem ganhado espaço na mídia.
Conclusão e expectativas futuras
O desenrolar dessa situação em torno de Eduardo Bolsonaro e o papel do procurador-geral da República pode impactar não só a vida do deputado, mas também o clima político no Brasil como um todo. As próximas etapas do processo no STF e as respostas dos envolvidos podem criar novos contornos para essa narrativa. As reações nas redes sociais e a movimentação política a respeito da figura de Eduardo seguem como um termômetro do impacto de suas manifestações e da evolução das investigações.
