Brasil, 15 de outubro de 2025
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Clínica de emagrecimento em Brasília é interditada por riscos à saúde

Após denúncias, a Polícia Civil e Vigilância Sanitária interditam clínica que aplicava medicamentos sem receita e em condições irregulares.

Uma clínica de emagrecimento localizada em Brasília foi interditada na última terça-feira, dia 14, pelas autoridades de saúde, devido à grave ameaça que representava para a saúde dos pacientes. A operação, realizada pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária do Distrito Federal, resultou na apreensão de medicamentos e substâncias que estavam sendo aplicados sem a devida supervisão médica e em condições inadequadas.

Medicamentos apreendidos e irregularidades

Durante a ação, foram encontrados diversos medicamentos, incluindo Ozempic, Mounjaro (tizarpatida), semaglutida e testosterona. Estas substâncias estavam armazenadas de maneira inadequada e sem a comprovação de legalidade. Dentre os itens apreendidos, destacam-se:

  • Frascos de testosterona
  • Ampolas de nandrolona
  • Ampolas de testosterona
  • Frascos de semaglutida
  • Ampolas de semaglutida
  • Frascos de tirzepatida
  • Implantes subcutâneos

A operação foi motivada por uma denúncia que alertava sobre a prática irregular da clínica, localizada em um prédio comercial na Asa Sul, nas proximidades da EPIA. Os agentes verificaram que o local não possuía licença sanitária e que os medicamentos eram aplicados sem a devida prescrição médica.

Marketing enganoso e redes sociais

Nas redes sociais, a clínica vinha promovendo resultados de emagrecimento com imagens de “antes e depois”, sem informar os riscos associados ao uso das substâncias e a ausência de um acompanhamento médico adequado. A conta da clínica contava com mais de 2,5 mil seguidores e se apresentava como uma solução para “emagrecimento, performance, saúde e bem-estar”.

O médico responsável pela clínica, que possui um perfil com 26 mil seguidores, utilizava suas redes sociais para atestar a qualidade dos produtos, contradizendo a grave situação exposta pela operação. Em postagens, ele chegou a afirmar que os insumos utilizados na clínica eram seguros, mesmo após a apreensão das substâncias irregulares.

Consequências legais para o responsável

O responsável pelo estabelecimento não estava presente na clínica no momento da operação e, segundo informações, foi notificado sobre a ação policial. Ele deve ser intimado a prestar depoimento, sendo que sua prisão, caso haja condenação judicial, poderia ocorrer posteriormente. As irregularidades identificadas podem ensejar a aplicação da pena prevista no artigo 273 do Código Penal, que trata sobre a falsificação ou adulteração de produtos medicinais, prevendo uma pena de 10 a 15 anos de reclusão, além de multa.

A situação revela a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso sobre os serviços de saúde e a venda de medicamentos no Brasil, especialmente em áreas sensíveis como a emagrecimento e estética, onde o apelo por resultados rápidos pode levar a práticas arriscadas e ilegais.

Outras notícias relevantes

Além dessa operação, vale destacar que outras iniciativas têm sido implementadas pelo governo do Distrito Federal, como a recente sanção do programa de cartão uniforme escolar, que oferece R$ 280 para a compra de uniformes escolares aos alunos. As ações visam melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para o bem-estar social.

Para acompanhar mais notícias sobre a região e outras ações de saúde pública, siga o g1 DF em nossas plataformas digitais.

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