Uma clínica de emagrecimento localizada em Brasília foi interditada na última terça-feira, dia 14, pelas autoridades de saúde, devido à grave ameaça que representava para a saúde dos pacientes. A operação, realizada pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária do Distrito Federal, resultou na apreensão de medicamentos e substâncias que estavam sendo aplicados sem a devida supervisão médica e em condições inadequadas.
Medicamentos apreendidos e irregularidades
Durante a ação, foram encontrados diversos medicamentos, incluindo Ozempic, Mounjaro (tizarpatida), semaglutida e testosterona. Estas substâncias estavam armazenadas de maneira inadequada e sem a comprovação de legalidade. Dentre os itens apreendidos, destacam-se:
- Frascos de testosterona
- Ampolas de nandrolona
- Ampolas de testosterona
- Frascos de semaglutida
- Ampolas de semaglutida
- Frascos de tirzepatida
- Implantes subcutâneos
A operação foi motivada por uma denúncia que alertava sobre a prática irregular da clínica, localizada em um prédio comercial na Asa Sul, nas proximidades da EPIA. Os agentes verificaram que o local não possuía licença sanitária e que os medicamentos eram aplicados sem a devida prescrição médica.
Marketing enganoso e redes sociais
Nas redes sociais, a clínica vinha promovendo resultados de emagrecimento com imagens de “antes e depois”, sem informar os riscos associados ao uso das substâncias e a ausência de um acompanhamento médico adequado. A conta da clínica contava com mais de 2,5 mil seguidores e se apresentava como uma solução para “emagrecimento, performance, saúde e bem-estar”.
O médico responsável pela clínica, que possui um perfil com 26 mil seguidores, utilizava suas redes sociais para atestar a qualidade dos produtos, contradizendo a grave situação exposta pela operação. Em postagens, ele chegou a afirmar que os insumos utilizados na clínica eram seguros, mesmo após a apreensão das substâncias irregulares.
Consequências legais para o responsável
O responsável pelo estabelecimento não estava presente na clínica no momento da operação e, segundo informações, foi notificado sobre a ação policial. Ele deve ser intimado a prestar depoimento, sendo que sua prisão, caso haja condenação judicial, poderia ocorrer posteriormente. As irregularidades identificadas podem ensejar a aplicação da pena prevista no artigo 273 do Código Penal, que trata sobre a falsificação ou adulteração de produtos medicinais, prevendo uma pena de 10 a 15 anos de reclusão, além de multa.
A situação revela a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso sobre os serviços de saúde e a venda de medicamentos no Brasil, especialmente em áreas sensíveis como a emagrecimento e estética, onde o apelo por resultados rápidos pode levar a práticas arriscadas e ilegais.
Outras notícias relevantes
Além dessa operação, vale destacar que outras iniciativas têm sido implementadas pelo governo do Distrito Federal, como a recente sanção do programa de cartão uniforme escolar, que oferece R$ 280 para a compra de uniformes escolares aos alunos. As ações visam melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para o bem-estar social.
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