Brasil, 16 de outubro de 2025
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Câmara dos Deputados aprova revogação de processo contra Gustavo Gayer

A Câmara dos Deputados revogou ação penal contra o deputado Gustavo Gayer por ofensas ao senador Vanderlan Cardoso.

Nesta quarta-feira (15/10), a Câmara dos Deputados aprovou a revogação de uma ação penal que estava tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). A decisão foi tomada após um requerimento apresentado pelo Partido Liberal (PL), partido ao qual Gayer é filiado.

Entenda o caso

O processo foi originado em março de 2023, quando o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) decidiu apresentar uma queixa-crime contra Gayer. Os motivos incluíam acusações de calúnia, injúria e difamação. O deputado provocou polêmica ao chamar o senador, em um vídeo publicado no Instagram, de “vagabundo”. Além disso, ele criticou Cardoso por apoiar a reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em troca de cargos em comissões.

A queixa-crime apresentada foi rapidamente acolhida pelo STF, sendo que o ministro Alexandre de Moraes foi designado como relator do caso.

Defesa e justificativas

Durante o debate sobre a revogação da ação, o relator do pedido, Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), defendeu a posição de que Gayer apenas havia feito uma crítica dentro dos limites da arena política. Cathedral argumentou que, no máximo, deveria ser considerado um eventual crime de injúria, relacionado ao uso do termo “vagabundo”.

O relator também sugeriu que a queixa-crime, no que diz respeito aos crimes de calúnia e difamação, não deveria sequer ser aceita. No tocante à injúria, ele reconheceu a presença de potenciais elementos que caracterizariam o crime, entretanto, ressaltou que seria necessário avaliar se a declaração estava amparada pela inviolabilidade parlamentar, que protege os deputados em suas manifestações dentro do exercício de suas funções.

Resultado da votação

A proposta de revogação foi aprovada com uma margem de votos considerável, tendo recebido o apoio de 268 parlamentares, enquanto 167 deputados votaram contra, além de quatro abstenções.

Repercussão e consequências

A decisão da Câmara dos Deputados gerou diversas reações entre os parlamentares e na opinião pública. Críticos da votação argumentam que a aprovação da revogação pode incentivar comportamentos inadequados e a desresponsabilização de parlamentares por suas declarações públicas. Outros defendem que a liberdade de expressão deve prevalecer, especialmente em um contexto político acirrado.

O caso de Gustavo Gayer reflete um cenário mais amplo dentro da política brasileira, onde as ações e declarações de líderes e representantes frequentemente geram impasses legais e desavenças públicas. À medida que o ambiente político casa se torna mais polarizado, a relevância de tais decisões e suas implicações para a dinâmica legislativa e as relações interpessoais entre os parlamentares têm se mostrado cada vez mais importantes.

Embora a revogação da ação penal tenha sido considerada uma vitória para Gayer e seu partido, o desdobramento desse caso ainda pode criar um campo fértil para futuras contendas políticas e judiciais no Brasil.

Por fim, a Quinta Câmara Criminal do STF permanece como um local onde muitos outros debates sobre a liberdade de expressão e a responsabilidade dos parlamentares ainda estão por vir. Com isso, a população e a imprensa continuarão atentos às possíveis consequências futuras desta e de outras decisões que envolvam figuras do cenário político nacional.

Para mais informações sobre o andamento dessa e outras notícias no mundo político, fique ligado nas atualizações da Metrópoles.

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