Brasil, 15 de outubro de 2025
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Aliados de Bolsonaro se mobilizam contra indicado de Lula ao STF

Aliados de Bolsonaro elaboraram estratégias para barrar a indicação de Jorge Messias ao Supremo, preferido de Lula para a vaga.

Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do STF, o jogo político se intensifica, especialmente em torno da indicação que o presidente Lula deverá fazer para a suprema corte. Aliados de Jair Bolsonaro estão se mobilizando para impedir que o advogado-geral da União, Jorge Messias, seja o nome escolhido, preferindo promover o senador Rodrigo Pacheco como uma opção mais segura.

A articulação de Alcolumbre e a estratégia de Pacheco

O senador Davi Alcolumbre, figura central na articulação, está empenhado em garantir a indicação de Pacheco. Ele tem promovido uma espécie de campanha para demonstrar que Pacheco poderia ser aprovado com tranquilidade no Senado, tendo um respaldo de pelo menos 60 votos. Essa manipulação de números tem um objetivo claro: convencer o governo federal de que a escolha de Pacheco é a mais estratégica dada a atual composição do Senado, que tem apresentado reveses ao governo Lula.

Um contato próximo a Alcolumbre afirmou: “Sabemos que Pacheco teria mais de 60 votos, fácil. E Messias, hoje, menos de 41.” Essa informação sugere que a indicação de Messias enfrentaria um cenário adverso, o que reforça a postura de Alcolumbre de apoiar Pacheco frente ao governo.

Os desafios para a indicação de Jorge Messias

A escolha de Jorge Messias como indicado de Lula ao STF não é bem vista por muitos senadores, que expressaram um “trauma” em relação à escolha anterior do presidente, Flávio Dino, que foi um dos responsáveis por investigações que atribuíram diversas irregularidades ao orçamento secreto. Embora a tradição indique que o Senado não rejeita um nome indicado por um presidente da República desde 1894, a oposição já se prepara para criar embaraços durante a sabatina de Messias caso ele seja escolhido.

Em um momento em que o governo Lula também lida com diversas derrotas no Congresso, como a recente caducidade de uma medida provisória que poderia aliviar o governo em R$ 35 bilhões, a escolha de um indicado considerado mais seguro é crucial. Senadores próximos a Alcolumbre dizem que a indicação de Pacheco não traria riscos que uma seleção de Messias poderia acarretar.

Manipulação e resistência da oposição

O panorama político se torna ainda mais complexo com a atuação da oposição, que já está mobilizando suas táticas para desestabilizar a candidatura de Messias. O principal argumento utilizado gira em torno de um áudio da conversa entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, de 2016, que será explorado como uma tentativa de associar Messias a eventos polêmicos do passado. Um senador próximo à aliança oposicionista comentou: “O ‘Bessias’ é o mais fácil de bater, é só colocar o áudio. A oposição vai bater pesado e dizer que ele vai servir ao Lula.”

Expectativas e futuro próximo

À medida que as semanas avançam, a expectativa aumenta em torno de qual caminho Lula escolherá para a vaga no STF. A escolha se revela crucial não só para o futuro imediato do governo, mas também para o equilíbrio de forças no Senado e a imagem da administração Lula perante a sociedade brasileira.

Com a mobilização de aliados de Bolsonaro e a resistência esperada da oposição, o próximo capítulo dessa disputa promete ser intenso e impactante dentro do cenário político nacional. A definição da indicação e sua aceitação pelo Senado poderá ter consequências duradouras para a estabilidade do governo e a composição do STF nos próximos anos.

Fosse escolhida uma personalidade mais neutra ou vista com menos resistência, poderia contribuir para uma relação menos contenciosa entre o executivo e o legislativo, abrindo espaço para uma governabilidade mais eficaz.

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