Brasil, 14 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Trump não assume compromisso com solução de dois Estados diante de incertezas em Gaza

Apesar da assinatura de acordo de paz em Egito, futuro de Gaza e reconhecimento de Estado palestino permanecem incertos

Durante a cerimônia de assinatura de um acordo de paz em Sharm El-Sheikh, Egito, na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou declarar compromisso com a criação de um Estado palestino, aumentando a incerteza sobre o futuro da região.

Falta de menção clara à solução de dois Estados

No evento que contou com lideranças de países como Qatar, Egito e Turquia, Trump assinalou a assinatura do documento “Declaração Trump por Paz Duradoura e Prosperidade”, que busca consolidar a trégua entre israelenses e palestinos. Porém, durante o discurso, não fez qualquer referência ao reconhecimento de um Estado palestino, levando a questionamentos sobre o alinhamento dos EUA na busca por uma solução de dois Estados.

O acordo de paz menciona a implementação de iniciativas para paz, segurança e estabilidade na região, mas não apresenta planos concretos para o futuro político de Gaza ou de territórios palestinos. “Durante o processo de reconstrução de Gaza, condições podem finalmente se criar para um caminho credível rumo à autodeterminação e ao Estado palestino”, dizia o plano de Trump, lançado anteriormente em seu pacote de 20 pontos.

Reações e expectativas

Líderes europeus elogiaram a iniciativa, incluindo o primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, que afirmou que a assinatura representa um avanço significativo. “Esta é sua conquista, presidente Trump. Agradecemos seus esforços incansáveis para alcançar esse momento”, disse Starmer. O presidente francês Emmanuel Macron também celebrou o dia como “histórico” para israelenses e palestinos, reforçando a esperança de passos concretos à frente.

No entanto, persists a dúvida sobre o que acontecerá com Gaza, principalmente em relação à governança e ao reconhecimento oficial de um Estado palestino. Trump declarou que, em sua visão, “as condições podem estar finally propícias” à autodeterminação, mas sua ausência de uma posição clara e as críticas anteriores ao reconhecimento internacional de Palestina indicam que esse tema não aparece com prioridade nesta fase.

Perspectivas futuras e desafios

Autoridades e analistas alertam que, embora o acordo e a assinatura simbolizem passos importantes, muitos obstáculos permanecem na política de paz. A ausência de uma definição sobre o futuro de Gaza e o reconhecimento de um Estado palestino pode gerar novas tensões e dificuldades na implementação do processo de paz. Especialistas ressaltam que o que se espera agora é continuidade nas negociações e maior clareza das intenções dos envolvidos.

O futuro da paz na região dependerá, sobretudo, da capacidade de garantir uma governança eficaz em Gaza e de avançar na questão do reconhecimento palestino, temas que continuam a dividir as partes e que permanecem como os maiores desafios à estabilidade duradoura.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes