Brasil, 14 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Trump destaca Brasil e afirma ter boa conversa com Lula

Durante encontro com Milei, Trump citou o Brasil, falou sobre relação com Lula e criticou grupo dos BRICS em postura crítica ao dólar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou o Brasil e sua relação com o líder argentino Javier Milei durante uma reunião nesta terça-feira (14). Trump lembrou de seu encontro com o presidente Lula na Assembleia Geral das Nações Unidas e afirmou ter tido uma “boa conversa” com o brasileiro, reforçando a retomada de contatos após a crise provocada pelas tarifas americanas.

Reunião com Milei e destaque ao Brasil

Durante um almoço com Milei na Casa Branca, Trump falou com jornalistas sobre a relação com países da América do Sul. Questionado sobre o apoio à Argentina, Trump afirmou que, embora os Estados Unidos não precisem ajudar os países da região, considera importante agir devido ao potencial de crescimento do continente.

“Se a Argentina for bem, outros vão seguir o exemplo. E muitos outros já estão seguindo”, declarou.

Ao citar o Brasil, Trump mencionou sua conversa com o presidente brasileiro antes de discursar na ONU. “Eu tive uma ótima conversa com o presidente do Brasil. Nos encontramos nas Nações Unidas, antes de subir ao palanque”, afirmou.

Críticas aos BRICS e tentativa de enfraquecer o dólar

Trump também criticou o grupo conhecido como BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo o presidente norte-americano, o bloco é uma tentativa de diminuir a influência do dólar no comércio internacional.

“Estão todos saindo dos BRICS. Era um ataque ao dólar. Eu disse: ‘Querem jogar esse jogo? Vamos colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos’. E eles disseram: ‘estamos fora do grupo’ e ninguém mais fala sobre isso”, afirmou, em tom de crítica.

Diálogo telefônico entre Lula e Trump e perspectiva de visita

Na mesma semana, Lula e Trump conversaram por telefone por cerca de 30 minutos, abordando temas econômicos, incluindo as tarifas de 50% impostas pelo governo americano a produtos brasileiros. Segundo o governo brasileiro, Lula pediu a revisão dessas tarifas e a suspensão de sanções relacionadas ao julgamento de Jair Bolsonaro.

Em seu anúncio, Trump afirmou que pretende visitar o Brasil em breve e chamou Lula de “bom homem”. “Nós nos conhecemos, gostamos um do outro e tivemos uma ótima conversa. Vamos começar a fazer negócios. Em algum momento, irei ao Brasil, e ele virá aqui. Discutimos isso”, declarou.

Essa postura amistosa contrasta com a crise recente na relação bilateral, que se agravou após as tarifas de 50% e as críticas do presidente americano à política brasileira. Lula, por sua vez, acusou Trump de querer ser o “imperador do mundo” e criticou as “sanções arbitrárias” e “ataques à soberania”.

Perspectivas de aproximação e influências regionais

Desde o encontro nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro, a relação entre os dois líderes começou a se suavizar, indicando uma possível retomada de diálogo direto. A expectativa agora é que Lula e Trump façam um encontro presencial em breve, consolidando essa mudança.

Na agenda regional, a ajuda americana à Argentina, com um pacote de US$ 20 bilhões, é vista como uma estratégia para estabilizar um aliado importante na América do Sul. No entanto, a iniciativa também gera críticas, especialmente entre agricultores americanos, que questionam o impacto do apoio na competição externa, principalmente diante da concorrência da China.

Ao ser perguntado sobre um possível acordo de livre comércio com a Argentina, Trump afirmou que “isso é possível”, sinalizando que as negociações ainda estão em andamento.

Fonte: g1

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes