O setor de serviços brasileiro apresentou uma expansão de 0,1% na passagem de julho para agosto, alcançando uma série de sete meses consecutivos de crescimento, com um aumento acumulado de 2,6%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado coloca o segmento — que inclui transporte, turismo, restaurantes, salões de beleza e tecnologia da informação — no maior patamar já registrado, renovando o recorde de julho.
Recorde histórico e crescimento sustentado
A sequência de sete meses de alta é a mais longa desde fevereiro a setembro de 2022, período que teve crescimento acumulado de 5,6%. Na média móvel de 12 meses até agosto de 2025, os serviços cresceram 3,1%, e na comparação anual, houve aumento de 2,5%.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, “a leitura é de um setor de serviços que permanece resiliente, forte, que renova a série histórica”. Os números reforçam a importância do setor na economia brasileira, que é o maior empregador do país.
Desempenho das atividades do setor
Das cinco principais atividades analisadas pelo IBGE, quatro tiveram alta entre julho e agosto:
- Serviços prestados às famílias: 1%
- Serviços profissionais e administrativos: 0,4%
- Transportes, armazenagem e correio: 0,2%
- Outros serviços: 0,6%
- Serviço de informação e comunicação: 0,5%
Os maiores avanços ocorreram em serviços profissionais, administrativos e complementares, influenciados por empresas de programas de fidelidade, atividades jurídicas, e aluguel de máquinas e equipamentos. Já o setor de transportes, que registrou o segundo maior impacto positivo, foi impulsionado pelo transporte rodoviário de passageiros, ferroviário de cargas e logística, beneficiados pelo bom momento do agronegócio.
O segmento de serviços prestados às famílias foi fortalecido por atividades de restaurantes, buffets e hotéis, enquanto o grupo de “outros serviços” teve crescimento puxado por serviços financeiros auxiliares.
Por outro lado, o único grupo a apresentar recuo foi informação e comunicação, devido à alta base de comparação e ao impacto da sazonalidade de julho, mês de férias. Apesar disso, Lobo destaca que, ao longo do ano, esse segmento tem sido um dos motores impulsionadores dos serviços pós-pandemia.
Índice de atividades turísticas e impacto econômico
O índice de atividades turísticas (Iatur), que engloba hotéis, agências de viagens e transporte aéreo, subiu 0,8% em agosto em relação a julho, e registrou alta de 4,6% na comparação com o mesmo mês de 2024. O segmento está 11,5% acima do nível pré-pandemia e 2% abaixo do pico registrado em dezembro de 2024.
A divulgação do IBGE aponta uma retomada sólida do turismo, contribuída por fatores sazonais e pela melhora na movimentação de turistas nacionais e internacionais. A análise de Lobo reforça a resiliência do setor, que se mantém como um importante vetor de geração de emprego e renda na economia brasileira.
Para conferir a nota completa, acesse a reportagem da Agência Brasil.