O secretário de Saúde e Direitos Humanos, Robert F. Kennedy Jr., atraiu críticas nesta quinta-feira após afirmar que sua pasta trabalha para “criar a prova” de uma ligação entre o uso de Tylenol durante a gravidez e autismo.
Declarações polêmicas na reunião do gabinete de Trump
Durante uma reunião do gabinete do ex-presidente Donald Trump, Kennedy reconheceu que, atualmente, não há evidências que suportem a alegação feita por Trump no mês passado de que o acetaminofeno, ativo do Tylenol, representa risco para gestantes.
“Estamos investigando para ver se conseguimos comprovar essa ligação”, afirmou Kennedy, o que foi interpretado como uma tentativa de criar uma evidência que ainda não existe. Sua fala foi amplamente criticada por especialistas, que ressaltam a desinformação.
Reação da comunidade científica
Especialistas em saúde pública e neurologia reforçam que não há estudos conclusivos que estabeleçam relação entre o consumo de Tylenol na gestação e o desenvolvimento de autismo. “A afirmação de que estamos ‘fazendo a prova’ é falsa e perigosa”, declarou a professora Maria Oliveira, especialista em saúde materno-infantil.
Impacts de declarações infundadas
As declarações de Kennedy viralizaram nas redes sociais e foram criticadas por representar uma disseminação de informações incorretas que podem afetar a confiança na vacinação e no uso de medicamentos essenciais durante a gestação.
Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o autismo tem causas múltiplas e complexas, e até o momento, nenhuma delas inclui o uso de Tylenol durante a gravidez.
Contexto político e controvérsias
Kennedy, conhecido por suas opiniões controversas, frequentemente entra em conflito com a comunidade científica por suas declarações. Sua menção à tentativa de “criar provas” reforça o risco de desinformação em temas delicados como a saúde infantil.
Perspectivas futuras
Especialistas alertam para a importância de confirmar informações com fontes confiáveis e ressaltam que declarações sem respaldo científico podem desacreditar estratégias de saúde pública que visam reduzir riscos durante a embarazo.
A saúde pública continua a recomendar que gestantes consultem profissionais qualificados quanto ao uso de medicamentos e sigam orientações baseadas em estudos sólidos.