Durante os últimos quatro dias, cenas de alívio e esperança emergiram tanto em Israel quanto em Gaza, fenômeno que muitos atribuíram, em grande parte, às ações do ex-presidente Donald Trump. Apesar de seus traços controversos, Trump é reconhecido por ter exercido influência decisiva na quietude recente na região, afastando o risco de continuidade da devastação na Faixa de Gaza.
Conquistas de Trump na crise Gaza-Israel
Se dependesse apenas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ou do Hamas, Gaza provavelmente teria permanecido em crise prolongada, com mais mortes de reféns e maior destruição. A mudança ocorreu após a pressão política que Trump, sozinho, conseguiu exercer, forçando Netanyahu a aceitar uma proposta de paz.
Trump não somente facilitou a liberação de reféns e permitiu o envio de ajuda humanitária à Gaza, como também evitou a necessidade de remessas de tropas ou ações militares mais agressivas. Sua postura resultou em uma trégua que, até aqui, evitou uma escalada militar de maiores proporções.
Pontos ainda pendentes e limitações
Contudo, o ex-presidente ainda apresenta lacunas na sua estratégia para o futuro. Seu plano de 20 pontos para a paz permanece vago em relação às ações concretas que devem acontecer após o cessar-fogo. Além disso, sua abordagem evitou mencionar detalhes essenciais, como a reconstrução de Gaza ou garantias de segurança duradoura para ambos os lados.
Outro aspecto importante é o papel de atores internacionais e regionais. Trump evitou ideias imprecisas, como a criação de uma “Riviera de Gaza”, e não condicionou o acordo à saída de palestinos da região, o que pode facilitar a estabilidade a curto prazo.
Fatores que impulsionaram a mudança
Segundo analistas, a mudança na postura de Trump foi catalisada pela tentativa de Netanyahu de atacar o Qatar — um aliado crucial, com presença de tropas americanas e investimentos bilionários nos Estados Unidos. Essa ação acabou sendo um ponto de inflexão, levando Trump a exercer pressão diplomática pelo fim do conflito.
Desafios futuros para a paz
Apesar dos avanços recentes, o cenário ainda é instável. A liberação de reféns e a ajuda humanitária representam um primeiro passo, mas a continuidade da paz depende de ações concretas para garantir segurança, reconstrução e estabilidade duradoura no território.
Especialistas alertam que soluções duradouras exigirão envolvimento regional, compromisso internacional e uma estratégia clara — aspectos ainda a serem delineados no plano de Trump.
Por ora, a região respira alívio, mas o futuro permanece incerto, enquanto o mundo acompanha de perto os próximos passos na busca por uma paz sustentável.