Margaret Thatcher, a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra do Reino Unido, era muitas vezes vista como uma figura imbatível e ao mesmo tempo tradicionalista. No entanto, novas informações trazidas à luz por Tina Gaudoin em seu livro intitulado The Incidental Feminist, sugerem que a famosa “Dama de Ferro” pode ter tido dois casos extraconjugais ao longo de sua vida. Essa revelação lançará uma nova perspectiva sobre sua vida pessoal, que sempre foi mantida em grande sigilo.
A relação de Thatcher com Denis e os rumores de traição
Durante mais de 50 anos, Thatcher e seu marido Denis foram um casal unido, sem nunca terem sido envolvidos em escândalos públicos. Denis, a quem Thatcher sempre descreveu como o “fio dourado” de sua vida, pareceu ser o suporte constante em sua trajetória política. No entanto, segundo o livro de Gaudoin, essa imagem pode não ser totalmente precisa, visto que a autora alega que houve, sim, flertes e possíveis traições durante a carreira política da ex-primeira-ministra.
As alegações incluem uma “amizade extracurriculares” com um assessor próximo, que segundo Gaudoin, teria tocado o joelho de Thatcher durante jantares e que poderia ter se tornado algo mais íntimo. Mas isso não para por aí; a autora também sugere que Thatcher manteve dois relacionamentos extraconjugais distintos, um logo no início de sua carreira como parlamentar e outro com um político mais tarde.
Fonte das alegações e reações dos contemporâneos
Gaudoin afirma que suas informações vieram de várias fontes, incluindo Jonathan Aitken, um ex-ministro conservador e romancista, que declarou que era de conhecimento comum que Thatcher estava supostamente envolvida com outra pessoa cedo em sua carreira. Além disso, mencionou-se que o ex-deputado Sir Humphrey Atkins poderia ter sido o destinatário de sua atenção romântica, levando os rumores de um relacionamento que poderiam ser vistos como “convenientes” politicamente.
As reações a essas alegações são variadas. Lord Moore, um historiador e biógrafo de Thatcher, expressou ceticismo, afirmando que apesar de ouvir os rumores sobre Atkins, não havia evidências que comprovassem algo mais significativo. Moore completa que, na sua visão, as alegações de Gaudoin são improváveis e “desprovidas de base real”.
O legado de Thatcher e a discussão sobre feminismo
Notavelmente, o livro também busca explorar o papel de Thatcher como uma figura feminina na política, desafiando a ideia de que ela era anti-feminista. Durante uma discussão no Cheltenham Literature Festival, Gaudoin argumentou que Thatcher “normalizou o poder feminino” e que muitas mulheres simplesmente não gostam dela sem uma razão aparente. Dessa forma, a autora postula que devemos reconhecer e valorizar seu legado, apesar das controvérsias pessoais.
Além disso, o livro aborda a amizade de Denis Thatcher com a modelo Mandy Rice-Davies, uma das figuras centrais do escândalo Profumo em 1963. Segundo Gaudoin, Denis e Mandy desenvolveram uma amizade próxima, trocando cartas afetuosas e discutindo temas como história militar, o que levantou ainda mais a atenção sobre as interações da família Thatcher com a sociedade e política da época.
Conclusão: a complexidade da figura de Thatcher
As novas alegações sobre a vida amorosa de Margaret Thatcher, embora polêmicas, acrescentam uma camada de complexidade à figura da ex-primeira-ministra. Conhecida por sua força e determinação, é intrigante refletir sobre as nuances de sua vida pessoal e como estes eventos puderam ter influenciado sua imagem pública e sua carreira política. Independentemente das polêmicas, Margaret Thatcher continua sendo uma das figuras mais influentes da história política britânica e mundial.
À medida que o debate sobre a verdadeira natureza de sua vida pessoal continua, resta ao público ponderar sobre o legado da “Dama de Ferro”, que foi indiscutivelmente moldado por suas escolhas pessoais e políticas ao longo de sua carreira.