Brasil, 14 de outubro de 2025
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Investigações dos EUA apontam Starlink de Elon Musk por apoio a fraudes em Mianmar

Comitê bipartidário do Congresso dos EUA investiga Starlink, de Elon Musk, por suposto envolvimento com centros de fraude no país asiático

Um comitê bipartidário do Congresso dos Estados Unidos revelou à AFP que abriu uma investigação sobre a Starlink, serviço de internet via satélite de Elon Musk, por seu papel na oferta de conexão às centrais de fraudes e golpes em Mianmar. As suspeitas envolvem o uso da tecnologia para apoiar atividades ilegais que têm causado prejuízos bilionários a cidadãos de diversos países.

Presença da Starlink nos centros de fraudes de Mianmar

As investigações começaram em julho, após a AFP divulgar que várias dessas operações criminosas estavam equipadas com receptores da Starlink. Em apenas três meses, a empresa se consolidou como o principal provedor de internet na região, especialmente em locais onde são praticados golpes financeiros e ciberfraudes, principalmente na fronteira com a Tailândia, na região de Myawaddy.

Imagens e evidências de construção de centros fraudulentos

Dados de satélite e gravações feitas por drones mostram que os centros de fraudes continuam em expansão, com novas construções e reforços nas estruturas existentes. Imagens do complexo KK Park, um dos maiores e mais ativos, revelam obras que continuam e a presença de operários, guindastes e andaimes, indicando que o funcionamento dessas operações ilícitas persiste apesar de campanhas de combate às atividades criminosas.

Implicações internacionais e reações

O governo boliviano, que, com desconfiança, proibiu a Starlink no país, e outros países como Itália, que suspenderam negociações com a empresa, demonstram o impacto da controvérsia global envolvendo Elon Musk. Além disso, sob pressão de países como China, Tailândia e Mianmar, forças locais promovem operações de combate a esses centros de fraude, incluindo prisão de milhares de envolvidos, muitos deles cidadãos chineses, ligados ao tráfico de trabalho e tráfico de pessoas, segundo dados das Nações Unidas.

Repercussões e futuras investigações

O congresso dos EUA continua analisando a extensão do suporte da Starlink às atividades criminosas e os possíveis meios pelo qual a tecnologia estaria auxiliando esses centros, que operam com conexões seguras e remotas. A empresa, até o momento, não comentou oficialmente as acusações nem a investigação em curso.

Contexto e possibilidades de desdobramento

A situação acende um alerta global sobre o uso de novas tecnologias de internet em atividades ilegais e sobre a responsabilidade de empresas como a Starlink na fiscalização de sua rede. As próximas semanas serão decisivas para possíveis ações legais e mudanças na regulamentação do serviço de Elon Musk na região.

Fonte: GLOBO

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