O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (14/10) que a compensação para a queda da Medida Provisória (MP) alternativa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode resultar no corte de valores superiores a R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. A medida ainda será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Situação e possibilidades de cortes de emendas
Haddad explicou que as alternativas para o ajuste fiscal estão em discussão e que a decisão final depende do presidente Lula. “Existem cenários em que o orçamento fica preservado, e outros que podem alterar significativamente o orçamento. Tudo vai depender da decisão do presidente”, disse o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília.
Reunião com o presidente e impacto nas contas públicas
O ministro não quis antecipar decisões antes de se reunir com Lula, encontro previsto para ainda esta semana, após o retorno do presidente de Roma, na Itália. Haddad revelou que essa reunião é fundamental para definir os próximos passos do governo em relação às medidas de ajuste fiscal.
Crise na MP do IOF e medidas alternativas
A proposta original do governo era incluir medidas de arrecadação relacionadas a bets, fintechs e títulos incentivados. No entanto, devido à resistência dos parlamentares, a MP foi desidratada e perdeu validade por estar próxima ao prazo de vencimento, dificultando sua votação na Câmara dos Deputados.
Com a rejeição, o governo está agora estudando medidas alternativas, incluindo o corte de emendas parlamentares, o que pode gerar mais desgaste político com os congressistas. O objetivo é buscar formas de fechar o orçamento de 2026 sem pressões excessivas sobre a ferramenta de emendas.
Repercussões e próximas ações
Especialistas avaliam que o corte de mais de R$ 7 bilhões em emendas pode impactar significativamente a relação do governo com o Congresso, além de afetar projetos prioritários de parlamentares. A discussão sobre o ajuste permanece em andamento, aguardando decisões do Executivo e do Parlamento.
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