O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta terça-feira (14) o presidente argentino, Javier Milei, na Casa Branca, em meio a encontros globais do FMI e Banco Mundial na capital americana. O apoio financeiro de US$ 20 bilhões foi confirmado, incluindo um acordo de swap cambial, para ajudar a estabilizar a economia argentina diante da turbulência no mercado.
Acordo de US$ 20 bilhões para estabilização argentina
De acordo com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o auxílio será realizado por meio de um acordo de swap cambial com o banco central argentino. “O Tesouro dos EUA está preparado, imediatamente, para tomar quaisquer medidas excepcionais necessárias para garantir a estabilidade dos mercados”, afirmou Bessent.
O suporte chega após a forte queda nos mercados argentinos, motivada pela derrota de Milei nas eleições legislativas de Buenos Aires e pelos efeitos de denúncias de corrupção envolvendo sua irmã, Karina Milei, membro do governo. Na véspera do pleito, o índice principal da bolsa, S&P Merval, caiu 13,23%, enquanto o peso se desvalorizou 4,25%, cotado a 1.423 por dólar.
Desafios econômicos e volatilidade no mercado argentino
Essa instabilidade levou o Banco Central da Argentina a retomar intervenções no câmbio para conter a disparada do dólar e a desvalorização do peso. Apesar do anúncio do apoio norte-americano, o cenário ainda é de incerteza, especialmente com as eleições de meio de mandato marcadas para 26 de outubro, que podem definir o rumo do governo de Milei.
Impacto político e económico
O resultado dessas eleições de meio de mandato tenderá a influenciar significativamente os mercados financeiros argentinos. A expectativa é de que o apoio externo dos EUA possa ajudar a evitar uma maior crise cambial, mas a questão da implementação de reformas estruturais permanece como um desafio central para o governo de Milei.
Perspectivas futuras
Especialistas avaliam que a ajuda financeira dos EUA reforça a importância de maior apoio internacional ao governo argentino, mas ressaltam que reformas internas e estabilidade política são essenciais para garantir a recuperação econômica do país. As próximas semanas serão decisivas para o fortalecimento ou agravamento da crise no país sul-americano.