O processo eleitoral do Fluminense à presidência do clube, que abrange o triênio 2026, 2027 e 2028, começou a ganhar destaque nos últimos dias. Com o pleito agendado para a segunda quinzena de novembro, conforme determina o estatuto, duas candidaturas foram oficialmente lançadas na noite de ontem, sinalizando um aquecimento na política interna do clube carioca.
Chapa “Vamos Por Mais” é lançada
A primeira chapa a ser anunciada foi a “Vamos Por Mais”, encabeçada por Mattheus Montenegro, atual vice-presidente geral do Fluminense e apoiada pelo presidente Mário Bittencourt. O evento ocorreu na sede do clube, nas Laranjeiras, e teve como vice da chapa o ex-vice de futebol Ricardo Tenório, que já fez parte de gestões passadas e chegou a ser um dos opositores no primeiro mandato de Bittencourt. Com essa candidatura, a intenção é dar continuidade ao trabalho já iniciado na gestão atual e envolver mais o sócio do clube nas decisões a serem tomadas nos próximos anos.
lançamento da chapa “O Flu é dos Tricolores”
Em simultâneo, mas em outra localização, no Jockey Club Brasileiro, outra chapa foi lançada: “O Flu é dos Tricolores”, liderada por Celso Barros, ex-presidente da Unimed-Rio e figura conhecida dentro do ambiente tricolor. A chapa conta ainda com Rafael Rolim como vice. Barros já desempenhou papéis importantes no clube, como vice-geral e comandante da pasta do futebol, mas foi afastado pela atual administração em decorrência de desavenças. Sua volta ao cenário político tricolor promete trazer um novo debate sobre o futuro do clube.
Debate sobre a transformação do futebol do Fluminense
Um dos principais pontos de divergência entre as duas candidaturas está relacionado ao processo de transformação do futebol do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A gestão atual, comandada por Bittencourt e Montenegro, é a favor da continuidade das discussões acerca da proposta apresentada pela LZ Sports, que ocorreu em setembro. Por outro lado, a oposição, representada pela chapa de Celso Barros, defende que a SAF não é o melhor caminho para o futuro do Fluminense, abrindo espaço para intensos debates nas próximas semanas.
Desafios e formalizações das chapas
Para que as chapas sejam oficializadas, elas precisam coletar 200 assinaturas de sócios proprietários e contribuintes adimplentes. Além de Montenegro e Barros, outras três pré-candidaturas foram anunciadas: Ademar Arrais, Luis Monteagudo e Ricardo Mazella, que ainda não realizaram seus lançamentos de chapa, mas já estão em processo de mobilização.
A política do Fluminense, marcada por rivalidades internas e debates acalorados, promete um embate interessante nas próximas semanas. Os sócios e torcedores terão a oportunidade de ouvir as propostas e posicionamentos de cada candidatura, e assim, decidir o futuro do clube para os próximos três anos. Em um ciclo em que o futebol brasileiro passa por grandes mudanças, como a implementação das SAFs, a eleição no Fluminense pode ser um reflexo das transformações que vêm ocorrendo em todo o país.
À medida que o pleito se aproxima, será crucial para os candidatos definirem suas estratégias e se posicionarem sobre temas quentes como a SAF, engajando os torcedores e sócios tricolores em um debate que poderá moldar o futuro do clube.