Enquanto o governo dos Estados Unidos enfrenta uma paralisação, o governo federal tem usado uma estratégia polêmica para responsabilizar os democratas pelo impasse orçamentário. Kristi Noem, secretária de Segurança Nacional, protagoniza vídeos exibidos em checkpoints do TSA, nos quais atribui a responsabilidade à bancada democrata pelo bloqueio que afeta serviços públicos, incluindo aeroportos.
Críticas à estratégia de comunicação do governo
No vídeo, Kristi Noem afirma: “Sou Kristi Noem, secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos. É prioridade do TSA garantir uma experiência de viagem agradável e segura.” Ela continua explicando que, por causa da recusa dos democratas em financiar o governo, muitos funcionários do TSA trabalham sem pagamento, o que tem causado atrasos nos aeroportos.
“Continuaremos fazendo tudo que estiver ao nosso alcance para evitar atrasos que possam impactar seu deslocamento. Esperamos que os democratas reconheçam a importância de reabrir o governo”, declarou a secretária na peça de vídeo.
Reações e críticas às ações do governo
As imagens geraram reações negativas na internet. Um usuário comentou que a estratégia parecia algo de “uma ditadura de terceiro mundo”, enquanto outro apontou que a ação violava a Lei Hatch, que regula o uso de recursos públicos para fins políticos, classificando a iniciativa como uma forma de propaganda política inapropriada durante uma crise.
“Meus pais fugiram do Irã para escapar de um regime autoritário. Nunca achei que veria táticas semelhantes sendo usadas aqui nos Estados Unidos”, desabafou uma pessoa em uma rede social.
Implicações e próximas etapas
Especialistas questionam a legalidade e a ética de uma ação que mistura comunicação governamental com manipulação política durante um momento delicado para o país. A controvérsia reforça a polarização em torno do impasse orçamentário e acende discussões sobre o uso de recursos públicos para propaganda partidária.
Governantes democratas criticaram a iniciativa, alegando que ela alimenta a divisão e tenta manipular a opinião pública com informações enviesadas. Ainda não há previsão de mudanças na estratégia de comunicação do governo federal.
O impacto a longo prazo da campanha também será avaliado por especialistas em direito e ética pública, que levantam questões sobre o uso de recursos governamentais em campanhas políticas internas.