A história choca e intriga a sociedade brasileira. Ana Paula Veloso Fernandes, uma estudante de direito de 35 anos, foi presa desde julho acusada de envenenar e matar quatro pessoas. Os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro, com a polícia acreditando que seu objetivo era obter bens e dinheiro das vítimas.
Os crime e a reação da polícia
A Polícia Técnico-Científica encontrou vestígios de um inseticida conhecido como chumbinho em um frasco de vidro que estava na casa de Ana Paula, em Guarulhos. A substância, chamada “terbufós”, é um composto químico utilizado na agricultura para combater insetos, mas que pode provocar intoxicação e até morte em humanos e animais. A combinação de veneno e mortes em circunstâncias suspeitas levou a Polícia Civil a investigar profundamente o caso.
Além de Ana Paula, sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e a filha de uma das vítimas, Michelle Paiva da Silva, também foram presas. Roberta foi detida em agosto e Michelle no dia 7 de outubro. Os investigadores acreditam que ambas possam ter ajudado Ana Paula em seus crimes, o que amplia a gravidade do caso e o interesse da mídia.
Como as vítimas foram envenenadas
As vítimas de Ana Paula foram identificadas como Marcelo Hari Fonseca, Maria Aparecida Rodrigues, Neil Corrêa da Silva e Hayder Mhazres. Analisando os relatos, destaca-se que todos consumiram alimentos preparados pela universitária antes de falecerem, sendo que as autópsias revelaram sinais de envenenamento em seus corpos.
Vítimas e suas histórias
Marcelo Hari Fonseca, proprietário do imóvel onde Ana Paula residia, morreu após consumir um sanduíche que pode ter sido envenenado. Logo após sua morte, ela começou a exigir que a família dele a deixasse continuar morando na casa, alegando um suposto romance que nunca existiu, segundo a polícia.
Maria Aparecida Rodrigues conheceu Ana Paula por meio de um aplicativo de relacionamento e morreu após compartilhar um bolo supostamente contaminado. O caso de Neil Corrêa da Silva, pai de uma amiga de Ana Paula, envolveu uma visita que a estudante fez, onde um feijão envenenado causou sua morte. Hayder Mhazres, um jovem tunisiano, também foi vítima de Ana Paula, supostamente depois que tentou terminar um relacionamento.
A investigação avança
A investigação continua e aguarda resultados de exames periciais que poderão confirmar se o veneno encontrado na casa de Ana Paula foi usado nas mortes das vítimas. O delegado Halisson Ideiao Leite, responsável pela apuração do caso, ressaltou que as mortes são tratadas como homicídios intencionais e que a motivação da universitária seria o interesse financeiro sobre os bens das vítimas. Além disso, a possibilidade de outras vítimas está sendo considerada pelas autoridades.
Por ora, Ana Paula aguarda uma decisão da Justiça, que ainda não marcou a audiência para discutir a possibilidade de um júri popular. A expectativa é grande, já que o caso tem chamado a atenção da mídia e do público, não só pela gravidade das acusações, mas também pela formação da acusada.
O papel do Ministério Público e próximos passos
O Ministério Público deverá acusar Roberta como coautora e Michelle por participação no homicídio de seu pai. O cenário é de preocupação, pois as autoridades estão atentas a qualquer nova informação que possa surgir. As três mulheres permanecem sob custódia, e o futuro legal delas está ainda incerto.
O trágico desdobrar dessa história levanta questões sobre o potencial de uma pessoa comum, como uma estudante de direito, se envolver em crimes tão hediondos. O público brasileiro, perplexo, aguarda ansiosamente o desenrolar deste caso, impactando não apenas as vidas das vítimas e suas famílias, mas também a sociedade como um todo.