Brasil, 13 de outubro de 2025
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Universitária é presa acusada de ser ‘serial killer’ em SP

Ana Paula Veloso Fernandes, uma universitária de 35 anos, é acusada de envenenar e matar quatro pessoas em apenas cinco meses.

A investigação da Polícia Civil de São Paulo trouxe à tona um dos casos mais chocantes dos últimos tempos: Ana Paula Veloso Fernandes, uma estudante de direito de 35 anos, foi presa sob a acusação de ser uma “serial killer” que teria envenenado e assassinado quatro pessoas em um intervalo de cinco meses. Entre as vítimas estão um proprietário de imóvel, uma amiga conhecida em aplicativo de relacionamentos, um idoso pai de uma ex-colega de faculdade e seu namorado tunisiano. O caso levanta questões inquietantes sobre o que pode levar alguém a cometer tais crimes brutais.

A trama dos crimes

As investigações indicam que Ana Paula cometeu os assassinatos entre janeiro e maio deste ano. Sua primeira vítima, Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, era o proprietário do imóvel onde a universitária morava em Guarulhos. Ela foi acusada de envenená-lo com uma substância ainda não identificada, que pode ser “chumbinho”, um veneno comum para roedores. O corpo de Marcelo foi encontrado em estado avançado de decomposição em sua residência.

Logo após, em abril, a estudante teria envenenado Maria Aparecida Rodrigues, uma amiga que conheceu por meio das redes sociais. De acordo com relatos, Ana ofereceu bolos e café à amiga em casa antes de sua morte. A conduta suspeita de Ana se intensificou após a morte de Maria, quando se aproximou da família da vítima e demonstrou interesse em pegar “algumas roupas” que estariam na casa.

Segunda vítima e as motivações por trás dos crimes

A terceira vítima foi Neil Corrêa da Silva, um aposentado de 65 anos que também era pai de uma ex-colega de Ana Paula. A universitária foi contratada pela filha de Neil, Michelle, para envenenar a comida do pai. A Promotoria revelou que Ana Paula e sua irmã, Roberta, são acusadas de ter envenenado Neil quando ele consumiu uma feijoada que Ana trouxe.

A motivação parece ser financeira. A polícia e o Ministério Público acreditam que as irmãs tinham como objetivo obter bens e dinheiro das vítimas. A filha de Neil, Michelle, foi acusada de pagar R$ 4 mil para que as irmãs pudessem realizar o crime. Em mensagens encontradas, a sigla “TCC” foi usada como código para essa transação, um inusitado aceno a um “trabalho de conclusão de curso”, mas que na verdade tratava-se de um plano de assassinato.

Última vítima e o desfecho da investigação

A última vítima foi Hayder Mhazres, um jovem tunisiano de 21 anos com quem Ana Paula mantinha um relacionamento amoroso. Hayder teria falecido sob circunstâncias suspeitas, e a polícia investiga a possibilidade de que também tenha sido envenenado. A estudante, em depoimento, alegou estar grávida dele, mas isso foi considerado outra mentira pela investigação.

A prisão e os desdobramentos

A prisão de Ana Paula ocorreu em julho, e sua irmã Roberta foi detida em agosto. Michelle, a filha da vítima, foi presa posteriormente. Todas as três mulheres estão sendo investigadas pela Polícia Civil de São Paulo, que está atenta a possíveis outras vítimas. Os laudos periciais estão sendo aguardados para confirmar a substância utilizada nos envenenamentos.

As três mulheres continuam detidas, e o clima de horror e perplexidade tomou conta da sociedade ao saber dos detalhes brutais e frios que envolvem os crimes. O caso se tornará um marco nas investigações de homicídio no Brasil, principalmente pelo fato de ter sido cometido por uma pessoa que parecia ter uma vida normal, acadêmica e social, revelando a complexidade do fenômeno psicopático.

Enquanto isso, a Justiça se manifesta, e a pergunta que fica é: como uma pessoa pode se descambar para tal crueldade? E quais as implicações que isso terá para a segurança pública e o estudo da criminologia no país?

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