Brasil, 13 de outubro de 2025
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Teoria vencedora do Nobel de Economia impulsiona debates sobre inovação e regulação

A teoria premiada em 2025 destaca o papel da inovação no crescimento econômico, enfatizando a necessidade de regulações e investimentos no Brasil

A conquista do Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 2025, que reconhece a teoria de que o crescimento econômico é impulsionado pela inovação, chega em um momento estratégico. Segundo o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Araujo, essa abordagem levanta debates essenciais sobre regulamentação, inteligência artificial e tensões comerciais globais, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Impacto da inovação na economia mundial

De acordo com Araujo, a teoria premiada — que explica o crescimento sustentado pela inovação — é fundamental para entender o cenário econômico atual. Os pesquisadores Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt foram homenageados por descreverem o fenômeno da criação destrutiva, onde a inovação substitui antigas indústrias por novas, mais eficientes e modernas.

“A partir das pesquisas, os empresários criam produtos e métodos novos, que tornam os antigos obsoletos. Isso causa destruição de antigas indústrias, mas também gera crescimento e maior produtividade”, explica Araujo.

Regulação e avanços científicos no Brasil

O professor da FGV destaca que o Brasil precisa investir mais em inovação e pesquisa para acompanhar países que avançam na fronteira do conhecimento, como EUA e China. Segundo ele, a pouca destinação de recursos para a pesquisa no país limita o crescimento econômico.

“A pesquisa demonstra que a inovação é o caminho para o crescimento sustentado, mas aqui ainda temos poucos investimentos. Seria importante ampliar esses recursos, especialmente em setores estratégicos como o agronegócio”, afirma Araujo.

Desafios globais e o papel da regulação

Na visão do professor, a violência comercial liderada pelos EUA, com tarifas de Donald Trump, prejudica a circulação de ideias e inovações via comércio exterior, que é crucial para a disseminação de novas tecnologias e patentes.

“As tarifas dificultam o intercâmbio de inovação e reduzem recursos disponíveis para pesquisa, o que pode prejudicar o crescimento econômico mundial”, afirma. Ele destaca ainda que o entendimento das consequências dessas tensões reforça a importância de debater regulações para o setor de tecnologia e inteligência artificial.

A inovação na história e o futuro do Brasil

Araujo lembra que o processo de inovação, embora antigo, foi acelerado após a Revolução Industrial, impulsionando o crescimento global. No entanto, ele aponta que o Brasil ainda precisa superar obstáculos para participar efetivamente dessa corrida.

“Sem um investimento maior em pesquisa, o país fica na atrasada na inovação, o que explica em parte por que países como EUA e China lideram. Precisamos criar condições para que o Brasil seja mais inovador”, reforça.

Perspectivas e próximos passos

O reconhecimento da importância da inovação no crescimento econômico reforça a necessidade de políticas públicas que incentivem pesquisa e desenvolvimento. Segundo Araujo, uma regulamentação adequada pode mitigar os impactos sociais da transformação tecnológica, como a perda de empregos e a necessidade de realocação profissional.

“O prêmio é um reconhecimento justo a um fenômeno que exige atenção global. Investimentos na ciência e regulações inteligentes são essenciais para garantir crescimento sustentável e justo”, conclui.

Para mais detalhes, leia a matéria completa no Fonte.

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