Durante uma reunião do gabinete, o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., comentou sobre vídeos satíricos do TikTok que zombam de recomendações médicas durante a gravidez. Sua fala, que mistura conceitos científicos, provocou reações de surpresa e críticas na internet, com internautas afirmando que “não é assim que as coisas funcionam”.
Reação ao comentário de RFK Jr. sobre gravidez e TikTok
No encontro, Kennedy Jr. mencionou um vídeo viral de uma professora da Escola de Medicina de Columbia, supostamente tomando Tylenol na gravidez enquanto critica o ex-presidente Trump. Segundo ele, “uma mãe que destrói o instinto materno por conta de transtorno de Trump é uma patologia”, e acrescentou: “não é positivo que isso cause autismo, mas é sugestivo que quem usar esses remédios na gravidez, a menos que seja necessário, seja irresponsável.”
Entendimento equivocado sobre o funcionamento da gravidez
No entanto, há um problema anatômico grave na declaração de RFK Jr.: durante a gestação, o bebê se desenvolve dentro do útero e a placenta, órgão que alimenta e protege o feto, se fixa na parede do útero, não dentro dele. Portanto, afirmar que “o bebê está na placenta” não faz sentido biológico.
Reações na internet
Internautas reagiram com humor e críticas à compreensão equivocada do político, como o usuário que escreveu: “Senhor, a placenta é um órgão que sustenta o feto, não uma Airbnb onde ele mora. Por favor, tirem o microfone dele antes que comece a explicar de onde vêm os bebês.” Outro comentário reforçou: “Tenho certeza que o maior problema do bebê seria estar na placenta da sua mãe.”
Especialistas também destacaram que o vídeo satírico do TikTok, que Kennedy Jr. se refere, é uma brincadeira, “que provavelmente passou totalmente por cima dele”. Uma usuária resumiu bem a situação: “Quem está dando conselho médico para grávidas não entende a diferença entre útero e placenta.”
Implicações e contexto
Este episódio evidencia a confusão e a desinformação disseminadas por figuras públicas, influenciando debates sobre saúde reprodutiva. A discussão levanta questões importantes sobre o conhecimento científico e o impacto de opiniões improcedentes na política de saúde.
Especialistas em obstetrícia reforçam que informações corretas e baseadas em evidências são essenciais, principalmente em temas delicados como gravidez e uso de medicamentos. E enquanto o episódio se desenrola, a internet segue reagindo com críticas e humor às declarações que demonstram uma compreensão limitada sobre o corpo humano.
Ainda não há previsão de novas declarações do secretário, mas o acontecimento reforça a importância de consultar fontes confiáveis em assuntos científicos e de saúde.