Brasil, 13 de outubro de 2025
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Reordenamento da Beira Mar gera reações entre comerciantes de Fortaleza

Início do revezamento de turnos na Beira Mar provoca críticas de comerciantes, que buscam alternativas para se adaptar às novas regras.

No último dia 13, a Prefeitura de Fortaleza deu início ao reordenamento da Avenida Beira Mar, um dos principais pontos turísticos da cidade. A medida contempla o revezamento de turnos de trabalho, que se divide em dois horários: das 5h às 16h30 e das 17h às 0h. Essa mudança, segundo o secretário da Regional 2, Márcio Martins, visa reorganizar o comércio na região, promovendo segurança, acessibilidade e harmonia urbanística. No entanto, a nova disposição não foi bem recebida por todos os comerciantes, especialmente aqueles que dependem do movimento noturno para suas vendas.

Implicações da nova ordem na Avenida Beira Mar

A ação faz parte de um projeto que começou com o Trecho 1, que vai das ruas João Cordeiro até Ildefonso Albano. Os comerciantes do local expressaram insatisfação com os novos horários, afirmando que este não reflete a realidade do comércio da região, que tradicionalmente alcança seu pico de vendas à noite, especialmente para produtos como bebidas e comidas.

A reação dos trabalhadores é compreensível, considerando que muitos deles têm suas atividades dependentes do fluxo de turistas e moradores que visitam a Beira Mar durante a noite. Enfrentando a incerteza, alguns destes profissionais temem que as novas diretrizes possam impactar negativamente seus negócios e suas fontes de renda.

A Prefeitura justificou os novos horários com base em estudos de fluxo, os quais apontam um aumento na movimentação de corredores e banhistas durante as manhãs, enquanto a noite concentra o turismo e as atividades de lazer. Em resposta às críticas, a Secretaria Regional 2 declarou que a divisão de turnos foi feita levando em conta dados técnicos e administrativos, como o histórico dos trabalhadores e a capacidade de ocupação da área.

Alternativas para os comerciantes

Para mitigar o impacto da mudança, a Prefeitura, por meio do secretário Márcio Martins, informou que os comerciantes que não se adaptarem aos novos horários terão a opção de atuação em outros pontos da cidade. Entre as alternativas oferecidas está a adaptação ao novo horário, durante o qual os comerciantes poderão desenvolver novos produtos voltados ao público matinal.

Outra possibilidade apresentada foi a permissão para atuar em locais mais próximos às residências dos trabalhadores. Essa estratégia visa proporcionar uma transição mais suave, garantindo que os comerciantes possam continuar suas atividades com o mínimo de impacto possível. O secretário ressaltou a importância do diálogo e da escuta ativa com os permissionários, estabelecendo um compromisso com o acolhimento social e psicológico, além da orientação profissional durante essa fase de adaptação.

Plano de reordenamento e futuro da Beira Mar

O plano de reordenamento não se limita apenas ao Trecho 1; a Prefeitura informou que esse formato de ordenamento será estendido gradualmente por toda a extensão da Beira Mar, levando em consideração as particularidades de uso e vocação econômica de cada segmento da orla. Além disso, será na Beira Mar onde serão implantadas cinco ilhas de comércio, projetadas para aumentar a visibilidade da orla e organizar a presença dos comerciantes, prevenindo a saturação das áreas comerciais.

A previsão é que o período de revezamento se estenda até a conclusão do recadastramento dos permissionários e a implementação total das novas ilhas de comércio. As mudanças visam englobar não apenas os comerciantes que trabalham nas barracas, mas também as assessorias esportivas que utilizam a faixa de areia para suas atividades. A utilização dessa área ainda dependerá de autorizações da Secretaria de Patrimônio da União.

Expectativa e desafios à frente

Os comerciantes da Beira Mar enfrentam um momento de incerteza com essas mudanças. A possibilidade de reavaliar seus horários e adaptarem seus produtos pode ser uma oportunidade, mas também representa um grande desafio para muitos. O reordenamento da Beira Mar reflete a intenção da Prefeitura de modernizar a gestão desse importante espaço público, mas o êxito dependerá da empatia e da capacidade de adaptação de todos os envolvidos.

Enquanto o diálogo continua, as próximas etapas do reordenamento prometem mais desafios e oportunidades para os comerciantes e para a prefeitura. O resultado desse processo depende da colaboração mútua e da capacidade de todos os envolvidos de se adaptarem às novas realidades. A expectativa é que, ao final desse processo, a Beira Mar possa ser um espaço mais organizado, seguro e acessível, beneficiando tanto os moradores quanto os turistas que visitam a capital cearense.

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