Brasil, 13 de outubro de 2025
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Preocupações com compra de terras nos EUA por empresas chinesas

A aquisição de terras nos EUA por entidades chinesas gera inquietações sobre segurança nacional.

A aquisição de terras por entidades chinesas em locais estratégicos próximos a bases militares dos Estados Unidos tem gerado preocupações crescentes sobre a segurança nacional. Esta situação levanta questões sobre possíveis atividades de espionagem e, até mesmo, potenciais ataques.

Riscos associados à propriedade estrangeira de terras

Em uma entrevista ao programa 60 Minutes, David Feith, ex-oficial de segurança nacional que trabalhou nas políticas entre os EUA e a China durante a administração Trump, alertou para os perigos associados ao controle de grandes áreas de terra, especialmente nas proximidades de instalações militares e governamentais sensíveis nos EUA. Segundo ele, a situação atual de tecnologia permite que agentes hostis acessem terras, edifícios e armazéns, podendo causar danos significativos, seja em termos de inteligência ou militar.

O exemplo recente do ataque com drones da Ucrânia contra bombardeiros russos ilustra esse risco. Em junho, a Ucrânia utilizou drones para atacar alvos críticos na Rússia, o que demonstra como a propriedade de terras e a capacidade de operar em território hostil podem apresentar uma nova forma de guerra.

Medidas contra aquisições de terras por conceitos adversários

Este temor se materializou em junho de 2023, quando políticos de Dakota do Norte bloquearam uma empresa chinesa de construir um moinho de milho próximo a uma base da Força Aérea em Grand Forks. Na época, a empresa negou que suas intenções incluíssem espionagem ou danos aos EUA. Entretanto, a sensação de urgência tem levado a uma revisão das políticas em relação à propriedade estrangeira de terras agrícolas. Atualmente, cerca de 45 milhões de acres, ou 3,5% das terras agrícolas dos EUA, pertencem a não-americanos, um aumento de cerca de 70% em relação a uma década atrás.

Embora a participação da China nesse montante seja relativamente pequena, com cerca de 277 mil acres, ou menos de 1%, sua presença é suficiente para despertar a atenção de legisladores. Atualmente, 29 estados limitam ou proíbem a compra de terras agrícolas por estrangeiros, destacando a crescente preocupação em proteger recursos estratégicos.

Iniciativas para aumentar a transparência

Como parte de um plano de sete pontos para garantir a segurança nacional, o Departamento de Agricultura dos EUA anunciou que aumentará a transparência na propriedade estrangeira de terras, imporá penalidades mais rigorosas por relatórios falsos e colaborará com o Congresso e governos estaduais para evitar que países adversários, como a China, expandam sua propriedade.

Preocupações com operações de mineração de criptomoedas

A preocupação com a segurança também se estende às operações de mineração de criptomoedas apoiadas por empresas chinesas nos EUA. Este tipo de operação é composto por grandes centros de dados onde computadores potentes resolvem problemas matemáticos complexos para validar transações em criptomoedas. Feith argumenta que esses centros podem ser utilizados para espionagem ou para sabotagem da rede elétrica.

Exemplificando essa preocupação, em maio de 2024, o presidente Biden ordenou que uma empresa com investimento chinês vendesse um imóvel em Cheyenne, Wyoming, e desmantelasse sua operação de mineração de criptomoedas, devido a preocupações de segurança nacional, visto que a localização está próxima à base aérea de Francis E. Warren, que abriga mísseis balísticos intercontinentais.

Feith enfatiza que a legislação chinesa exige que corporações cooperem com o governo. Portanto, mesmo que uma empresa chinesa opere como uma entidade privada nos EUA, se solicitada pelo governo, ela é obrigada a compartilhar dados e colaborar em operações de inteligência.

Conclusão: vigilância contínua sobre a crescente influência chinesa

O risco potencial de empresas chinesas adquirirem terras agrícolas e estabelecer operações de mineração de criptomoedas perto de instalações militares nos Estados Unidos é evidente, de acordo com Feith. Ele afirma que, segundo as percepções de oficiais de inteligência e líderes governamentais dos EUA, a China está se preparando para um possível confronto militar com os Estados Unidos.

A segurança nacional dos EUA e a integridade de suas operações militares dependem de uma vigilância constante quanto às aquisições e influências estrangeiras em setores críticos, especialmente em um mundo onde a interdependência econômica se combina com ameaças geopolíticas crescentes.

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