O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), declarou nesta segunda-feira (13), durante coletiva na capital baiana, que a implementação da tarifa zero no transporte público só será possível se o governo federal assumir o subsídio do serviço. Segundo ele, o custo anual do transporte na cidade ultrapassa R$ 1,33 bilhão, valor que a administração municipal não consegue suportar sozinha.
Custos do transporte e limitações municipais
Reis destacou que o orçamento de Salvador para 2025 é de R$ 13,6 bilhões, dos quais apenas R$ 680 milhões estão disponíveis para investimentos — o restante está comprometido com saúde e educação. “Alguém vai ter que pagar essa conta. Se o governo federal assumir, terá todo o nosso apoio”, afirmou o prefeito, criticando a ausência de condições financeiras para custear a tarifa zero atualmente.
Discussão sobre financiamento federal
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a equipe econômica realiza estudos para encontrar formas de financiar a tarifa zero em todo o Brasil, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo especialista ouvido pelo Portal iG, diferentes cidades já adotaram o modelo de subsídio, especialmente aqueles que possuem royalties de petróleo como fonte de custeio, como Maricá, no Rio de Janeiro.
Expectativa e posição de Bruno Reis
O prefeito destacou que apoia o estudo do governo, mas enfatizou que a medida só se concretiza com prioridade para o tema por parte do Executivo federal. “Achar que é algo que vai ser feito agora em véspera de eleição no clima que tá o país? Eu não creio que avance”, comentou Reis. Ele também afirmou estar aberto a debates que possam reduzir o custo do transporte público.
Contexto nacional e experiências em outras cidades
No Brasil, nenhuma capital oferece atualmente tarifa zero integral, embora municípios menores, como Maricá, tenham conseguido implementar o transporte gratuito financiado pelos royalties de petróleo. Recentemente, a proposta de tarifa zero foi discutida em Belo Horizonte, mas foi rejeitada pela maioria dos deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Segundo especialistas, o debate sobre o financiamento da tarifa zero ainda está em fase de estudo no governo federal, com possíveis caminhos sendo considerados para viabilizar o projeto nas capitais brasileiras. A discussão deve continuar, buscando alternativas que possam aliviar o custo para os usuários e os cofres públicos.
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