Brasil, 13 de outubro de 2025
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Prefeito de Salvador afirma que tarifa zero no transporte só será viável com subsídio federal

Bruno Reis reforça que prefeitura não pode custear tarifa zero sem apoio do governo federal, que avalia financiamento do setor

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), declarou nesta segunda-feira (13), durante coletiva na capital baiana, que a implementação da tarifa zero no transporte público só será possível se o governo federal assumir o subsídio do serviço. Segundo ele, o custo anual do transporte na cidade ultrapassa R$ 1,33 bilhão, valor que a administração municipal não consegue suportar sozinha.

Custos do transporte e limitações municipais

Reis destacou que o orçamento de Salvador para 2025 é de R$ 13,6 bilhões, dos quais apenas R$ 680 milhões estão disponíveis para investimentos — o restante está comprometido com saúde e educação. “Alguém vai ter que pagar essa conta. Se o governo federal assumir, terá todo o nosso apoio”, afirmou o prefeito, criticando a ausência de condições financeiras para custear a tarifa zero atualmente.

Discussão sobre financiamento federal

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a equipe econômica realiza estudos para encontrar formas de financiar a tarifa zero em todo o Brasil, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo especialista ouvido pelo Portal iG, diferentes cidades já adotaram o modelo de subsídio, especialmente aqueles que possuem royalties de petróleo como fonte de custeio, como Maricá, no Rio de Janeiro.

Expectativa e posição de Bruno Reis

O prefeito destacou que apoia o estudo do governo, mas enfatizou que a medida só se concretiza com prioridade para o tema por parte do Executivo federal. “Achar que é algo que vai ser feito agora em véspera de eleição no clima que tá o país? Eu não creio que avance”, comentou Reis. Ele também afirmou estar aberto a debates que possam reduzir o custo do transporte público.

Contexto nacional e experiências em outras cidades

No Brasil, nenhuma capital oferece atualmente tarifa zero integral, embora municípios menores, como Maricá, tenham conseguido implementar o transporte gratuito financiado pelos royalties de petróleo. Recentemente, a proposta de tarifa zero foi discutida em Belo Horizonte, mas foi rejeitada pela maioria dos deputados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Segundo especialistas, o debate sobre o financiamento da tarifa zero ainda está em fase de estudo no governo federal, com possíveis caminhos sendo considerados para viabilizar o projeto nas capitais brasileiras. A discussão deve continuar, buscando alternativas que possam aliviar o custo para os usuários e os cofres públicos.

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