No último domingo (12), uma intensa operação policial nas imediações da comunidade da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense, culminou na morte de quatro suspeitos membros do Comando Vermelho. A ação, que envolveu agentes do 20º BPM (Mesquita), foi marcada por um tiroteio, durante o qual um dos criminosos tentou se passar por morto para escapar da prisão, mas foi desmascarado pelos policiais.
Detalhes da operação e os envolvidos
As câmeras de segurança da região capturaram imagens de momentos tensos durante a perseguição. De acordo com a Polícia Militar, a operação teve como objetivo desarticular a liderança do tráfico de drogas que atuava nas comunidades do Sebinho e Vila Norma. Os quatro suspeitos são identificados como:
- Antônio Silva Neto, conhecido como TN, 25 anos, com anotações por lesão corporal e tráfico de drogas.
- Leonardo Ferreira Rodrigues dos Santos, o Índio, 23 anos, possuía passagens por tráfico e violência doméstica.
- Lucas Calmon dos Santos, apelidado de Beterraba, 24 anos, com registros por associação para o tráfico e organização criminosa.
- Wallace Lucas Ramos, conhecido como Semente ou Mulango, 28 anos, investigado por estelionato e injúria.
Além desses, Diego do Livramento Araújo, conhecido como Benzemá, 29 anos, que conduz o tráfico na Chatuba, se fingiu de morto durante a operação, mas acabou sendo identificado e preso. Benzemá tinha um extenso histórico criminal, incluindo homicídio e latrocínio.
O desenrolar do confronto
Imagens registradas por moradores do local mostram o momento em que o carro dos suspeitos, em alta velocidade, é seguido por uma viatura da PM. O tiroteio gerou pânico entre os transeuntes, muitos foram vistos se protegendo atrás de muros e veículos tentando desviar da situação. O confronto se encerrou no bairro Olinda, em Nova Iguaçu, onde o veículo dos criminosos foi interceptado.
Apreensões e investigação
Durante a operação, a polícia apreendeu dois fuzis, duas pistolas e munições, evidenciando a periculosidade do grupo. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada para investigar o caso, enquanto a PM informou que os suspeitos atiraram contra os agentes durante o cerco.
Repercussão da ação policial
A ação provocou discussões sobre a segurança pública na Baixada Fluminense, onde confrontos entre facções criminosas e a polícia são comuns. Embora alguns vejam a operação como uma resposta necessária ao narcotráfico, outros destacam a vulnerabilidade de civis durante tais confrontos armados.
A comunidade de Mesquita e adjacências começam a processar o impacto emocional e social desta violência. Muitas pessoas, que testemunharam a cena, compartilham sua angustia e temor com as constantes ocorrências de violência em suas rotinas.
Reflexão sobre a violência e a segurança pública
Esses eventos trágicos ressaltam a complexidade do combate ao crime organizado no Brasil, especialmente nas áreas mais afetadas pelo tráfico de drogas e pela violência. A situação exige não apenas ações enérgicas da polícia, mas também um compromisso para abordar as causas sociais que alimentam essa criminalidade. O desafio permanece: como garantir a segurança dos cidadãos enquanto se combate efetivamente o tráfico e outras formas de crime organizado?
As imagens do confronto ficarão gravadas na memória da comunidade e servem como um chamado à reflexão sobre a necessidade urgente de soluções integradas e humanas para os problemas de segurança no Brasil.
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