O mercado financeiro brasileiro apresentou um dia de recuperação nesta segunda-feira (13), impulsionado pelo arrefecimento das tensões entre Estados Unidos e China. O dólar caiu quase 1%, encerrando o dia vendido a R$ 5,462, enquanto a bolsa de valores retomou os 141 mil pontos, com alta de 0,78% no índice Ibovespa.
Recuperação do dólar e impacto no mercado cambial
O dólar comercial encerrou a sessão com uma queda de R$ 0,041 (-0,75%), operando em baixa durante toda a manhã. Na mínima do dia, por volta das 15h, atingiu R$ 5,44. Apesar da queda nesta segunda, a moeda estadunidense acumulou alta de 2,61% em outubro e redução de 11,62% em 2025.
Segundo analistas, a atuação do Banco Central foi fundamental para conter a volatilidade, com vendas de US$ 5 bilhões em leilões de troca de reservas internacionais para rolagem de contratos futuros de câmbio. O real destacou-se, sendo a segunda moeda emergente que mais se valorizou na segunda, perdendo apenas para o rand sul-africano.
Mercado de ações reage positivamente à aproximação entre EUA e China
O dia foi de alívio no mercado de ações, com o índice Ibovespa fechando aos 141.783 pontos, um aumento de 0,78%. Os setores de siderurgia, petroleiras e mineradoras foram destaque, beneficiados pela expectativa de melhora nas relações comerciais com a China, principal destino das exportações brasileiras.
Declarações conciliatórias de Donald Trump
A melhora no cenário internacional ocorreu após declarações conciliatórias do presidente estadunidense, Donald Trump. Durante o fim de semana, Trump sinalizou que pode reduzir os atritos comerciais com a China, revertendo a ameaça de tarifas de 100%, inicialmente anunciada na última sexta-feira (10).
Em entrevista à Fox News, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, reforçou o otimismo ao confirmar a retomada do diálogo entre as autoridades dos dois países.
Perspectivas para o mercado externo e atuação do Banco Central
O bom humor no mercado externo refletiu-se na forte valorização do real ante moedas emergentes, ficando atrás apenas do rand sul-africano. A intervenção do Banco Central, com venda de US$ 5 bilhões em leilões, contribuiu para acalmar o câmbio, em um quadro de expectativas de avanços nas negociações comerciais.
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