Na manhã desta segunda-feira, 13 de outubro de 2025, uma notícia esperada por longos 738 dias tornou-se realidade: 20 reféns israelenses, capturados pelo Hamas, foram finalmente libertados. O histórico acordo que facilitou essa libertação foi assinado em uma cerimônia oficial em Sharm el-Sheik, Egito, com a presença do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
A libertação dos reféns
Logo ao amanhecer, por volta das 7 horas (horário local), os primeiros sete reféns foram entregues às autoridades israelenses no Norte da Palestina, após um prolongado período de tensão e incerteza. Estes reféns estavam entre os civis sequestrados durante um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou no cerco a várias comunidades israelenses na região da Faixa de Gaza.
Os primeiros libertados foram Guy Gilboa-Dalal, Alon Ohel, Omri Miran, Gali e Ziv Berman, Matan Angrest e Eitan Mor. A reação da população foi festiva, com uma multidão de cerca de 100 mil pessoas reunida em Tel Aviv para celebrar o retorno dos reféns. “Estamos emocionados e felizes. Esperamos que ele chegue. Vamos deixá-lo voltar para casa”, declarou um pai durante a celebração.
Pouco depois das 10 horas, mais 13 reféns foram libertados da região de Khan Yunis, totalizando assim a libertação de todos os reféns anunciados. Entre eles estavam Bar Kuperstein, Eviatar David e Yosef Haim Ohana. Além disso, a entrega dos corpos de 28 reféns que não sobreviveram ao cativeiro foi confirmada e aguardada ao longo do dia.
A assinatura do acordo de paz
No mesmo dia em que ocorreu a libertação dos reféns, Donald Trump chegou ao aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, onde foi recebido por líderes israelenses. Durante uma declaração, Trump expressou sua satisfação: “A guerra acabou” e enfatizou que este era um dia “muito especial” para todos os envolvidos. Quando questionado sobre a durabilidade do cessar-fogo, Trump disse estar otimista: “Penso que irá durar. Acredito que as pessoas estão cansadas.”
Esta declaração foi um marco importante, dado o histórico de conflitos na região. Trump, junto com Netanyahu, dirigiu-se ao Knesset, onde foi calorosamente recebido e homenageado. A visita também incluiu a assinatura do acordo de paz, um passo fundamental na busca por uma solução duradoura ao conflito entre Israel e Palestina. O porta-voz da Autoridade Nacional Palestina reafirmou o compromisso de ambas as partes em respeitar o novo acordo.
A libertação dos prisioneiros palestinos
Como parte do mesmo acordo, Israel se comprometeu a libertar 1.966 prisioneiros palestinos. Um ônibus foi preparado para transportar esses prisioneiros, que foram recebidos por uma enorme multidão de apoiadores do Hamas, demonstrando a esperança renovada dentro da comunidade palestina. Entre os prisioneiros libertados, estavam 1.716 que seriam levados ao hospital Nasser, enquanto 250 indivíduos condenados a penas eternas seriam transferidos para a Cisjordânia e Jerusalém.
A mobilização para receber os prisioneiros libertados teve um forte apoio popular, com milhares de pessoas reuniendo-se na cidade de Ramallah, refletindo a atmosfera de esperança, mas também de expectativa sobre os desafios que ainda permanecem no horizonte, especialmente no que diz respeito ao desarmamento do Hamas, uma questão delicada que permanece indefinida.
O desenrolar desses eventos está sendo monitorado de perto, uma vez que órgãos internacionais e regiões vizinhas esperam que esse acordo promova um clima de paz e reconciliação duradoura no Oriente Médio. O futuro continua sendo incerto, mas a libertação dos reféns e o acordo de paz representam um passo significativo rumo à estabilidade.