Brasil, 13 de outubro de 2025
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Julgamento do núcleo 2 da trama golpista será em dezembro

O ministro Flávio Dino marcou para 9 de dezembro o julgamento do núcleo 2 da trama golpista. Réus enfrentam cinco denúncias.

O cenário político brasileiro está prestes a ganhar novos contornos com o julgamento do núcleo 2 da trama golpista, marcado pelo presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Flávio Dino, para o dia 9 de dezembro. Este julgamento é parte do esforço maior da Corte em analisar os crimes cometidos por envolvidos nas tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022, que incluíram o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Quem são os réus do núcleo 2?

Entre os réus do núcleo 2, encontramos figuras chave como Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e o general da reserva Mario Fernandes. Eles, junto a outros, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes, incluindo a tentativa de golpe de Estado, um crime de alta gravidade que afeta as bases da democracia brasileira.

Lista de integrantes do núcleo 2:

  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência.
  • Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF.
  • Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro.
  • Mário Fernandes, general da reserva do Exército.
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal.
  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro.

Pedido do relator e sessões extraordinárias

O ministro Flávio Dino agendou o julgamento após um pedido do relator das ações relacionadas à tentativa de golpe, ministro Alexandre de Moraes. Ele convocou sessões extraordinárias para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro, com uma organização que busca dar celeridade ao processo e assegurar que os direitos das partes envolvidas sejam respeitados. As sessões ordinárias estão programadas para os dias 9 e 16 de novembro.

Impacto da trama golpista nas eleições

Conforme a denúncia apresentada pela PGR, os réus utilizaram a máquina pública, especificamente a PRF, para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação durante o segundo turno das eleições de 2022. Essa manobra teria afetado principalmente os eleitores do Nordeste, uma região vital para a base de apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se opôs a Bolsonaro na disputa presidencial. A manipulação e o uso inadequado dos recursos públicos para influenciar o processo democrático são aspectos que a PGR considera essenciais para o julgamento.

Progresso dos julgamentos da trama golpista

Com a data do julgamento do núcleo 2 definida, todos os núcleos da trama golpista já têm datas marcadas. O Supremo Tribunal Federal se prepara para concluir os julgamentos em 2025, como indicado pelo ministro Alexandre de Moraes no início do segundo semestre. Em novembro, quatro dias estão reservados para o julgamento do núcleo 3, enquanto o núcleo 4, o mais adiantado, será apreciado a partir de 14 de outubro, seguindo a decisão do ex-presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin.

Cenário para os réus restantes

De todos os réus até agora identificados, apenas um foi poupado pelas acusações da PGR: o tenente-coronel do Exército, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, que faz parte do núcleo 3. Apesar de ter sido acusado de todos os cinco crimes pelos quais Bolsonaro foi condenado, a PGR solicitou sua condenação apenas por incitação ao crime, o que levanta questões sobre a responsabilidade e a participação desse grupo em ações ilegais.

O desenrolar dos julgamentos, cuja importância não pode ser subestimada, está tendo um impacto significativo na política nacional, refletindo a luta contínua pela democracia e a busca por accountability. Com o avanço desses processos, a população aguarda ansiosamente por desfechos que podem moldar o futuro do Brasil e reforçar os pilares da sua democracia.

À medida que se aproxima a data do julgamento, a atenção do país se volta novamente para o STF e suas decisões, que serão fundamentais para reestabelecer a confiança nas instituições brasileiras. O desfecho desse caso será um percursor para a história política do Brasil e poderá definir o padrão de responsabilidade em relação a crimes contra a democracia.

Para mais informações, acesse o link da fonte.

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