Brasil, 13 de outubro de 2025
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Consumidores americanos devem pagar mais da metade dos custos das tarifas de Trump, apontam analistas

Economistas do Goldman Sachs estimam que até o final do ano, os consumidores dos EUA arcarão com mais de 50% dos custos das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.

De acordo com um relatório divulgado pelos analistas do Goldman Sachs nesta semana, os consumidores dos Estados Unidos deverão assumir cerca de 55% dos custos das tarifas tarifárias até o final de 2025, enquanto as empresas americanas suportarão 22%. A análise indica que as importadoras estrangeiras continuarão a reduzir preços para evitar perdas de mercado, absorvendo parte dos encargos.

Impacto das tarifas na economia e nos preços ao consumidor

Segundo os economistas Elsie Peng e David Mericle, do Goldman Sachs, por enquanto, é mais provável que as empresas americanas estejam arcando com a maior parcela dos custos, já que leva tempo para repassar esses aumentos aos preços ao consumidor.

“Se as tarifas atuais e futuras tiverem o mesmo impacto sobre preços que as tarifas aplicadas no início deste ano, então os consumidores dos EUA acabarão pagando 55% dos custos totais”, afirmam eles na nota enviada a clientes em 12 de outubro.

As tarifas implementadas pelo governo Trump já elevaram os custos de consumo em 0,44% neste ano. Os analistas estimam que essa medida deve empurrar a inflação para 3% até dezembro, afetando o poder de compra dos consumidores.

Contexto internacional e turbulências tarifárias

Enquanto o governo dos EUA tenta equilibrar a guerra tarifária, China e outros países continuam a se adaptar às novas regras. Recentemente, Pequim tem inundado o mercado mundial com exportações baratas, uma resposta às restrições comerciais e tarifas americanas, segundo reportagens de fontes internacionais.

Detalhes do impacto tarifário mostram que, embora os EUA aleguem que o peso dessas medidas recai sobre os parceiros comerciais, o verdadeiro peso é suportado pelos importadores e consumidores internos, que pagam mais por produtos e serviços.

“Eles fizeram uma previsão ruim há muito tempo, tanto sobre a repercussão no mercado quanto sobre as próprias tarifas, e estavam errados — assim como estão errados sobre muitas outras coisas”, criticou Donald Trump em sua plataforma de mídia social, em agosto, referindo-se a análises de Wall Street.

Riscos futuros e incertezas nas negociações comerciais

Embora o relatório do Goldman Sachs não tenha considerado ameaças recentes, como a possibilidade de aumento das tarifas americanas para 100% sobre produtos chineses, os analistas alertam para os riscos de escalada no conflito tarifário. “Não estamos assumindo nenhuma mudança nas tarifas sobre importações da China, mas os eventos recentes sugerem grandes riscos”, concluem eles.

Para os consumidores e investidores, o cenário permanece de incerteza, com tensões comerciais que ameaçam uma estabilidade que, até o momento, não se confirmou totalmente, mesmo com a resistência de Trump às negociações tradicionais.

Saiba mais em este link.

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