Brasil, 14 de outubro de 2025
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Barroso defende regulação global da inteligência artificial

Luís Roberto Barroso destaca os desafios éticos e sociais no avanço da IA e reforça a necessidade de uma regulação coordenada internacionalmente

Nesta segunda-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abordou a importância de uma regulação global para a inteligência artificial (IA) durante palestra na abertura do AI Bank Summit 2025. O evento, realizado em formato online até sexta-feira (17), foca na aplicação da IA no mercado financeiro e outros setores econômicos.

Inteligência artificial como força da quarta revolução industrial

Barroso situou a IA como a principal força por trás da quarta revolução industrial, destacando a transformação digital que moldou a atual economia mundial. Segundo ele, a era digital, com computadores, smartphones e a internet, conecta milhões de pessoas e revoluciona o cotidiano, tornando obsoletos antigos modelos de negócios.

“Google, Instagram, Facebook, TikTok, WhatsApp, YouTube, Waze… Tudo isso são novidades. Para os solteiros, tem o Tinder. Nós vivemos o admirável mundo novo da tecnologia da informação”, afirmou o ministro.

Impactos e desafios da inteligência artificial

Ele observou que a mudança da economia global se deu do setor de petróleo, automóveis e equipamentos para o protagonismo das companhias tecnológicas. A IA, segundo Barroso, melhora a qualidade de vida e a tomada de decisão, especialmente em áreas como medicina, meio ambiente e comunicação.

“As línguas vão deixar de ser uma barreira de comunicação entre os povos”, destacou. No Judiciário, o ministro apontou o uso crescente da IA para auxiliar magistrados na análise de processos, embora sem substituir a decisão humana.

Riscos e a necessidade de regulação

Apesar dos avanços, Barroso alertou para os riscos associados à automação, como a possível redução de até metade dos empregos existentes, além de implicações éticas, como a autenticidade de produções criadas por inteligência artificial, como poesias e textos.

Ele ressaltou a rapidez do desenvolvimento da IA como um obstáculo à criação de regras adequadas. “O telefone fixo levou 75 anos para chegar a 100 milhões de usuários. O celular, 16 anos. A internet, 7 anos. O ChatGPT, só dois meses”, exemplificou.

Barroso defendeu a necessidade de uma regulação coordenada internacionalmente para proteger direitos fundamentais, como privacidade e liberdade de expressão. “Precisamos de regras que acompanhem a velocidade da inovação”, afirmou.

AI Bank Summit e o futuro da inteligência artificial

O AI Bank Summit, organizado pela 4U EdTech e pelos Cursos Edgar Abreu, reúne especialistas para discutir o impacto da IA na segurança, prevenção a fraudes, privacidade de dados e gestão de riscos em grandes corporações. As sessões acontecem diariamente às 19h.

Segundo o organizador Edgar Abreu, o objetivo é preparar o setor financeiro para uma nova lógica impulsionada pela tecnologia. “A IA não é apenas uma ferramenta de produtividade, é um novo paradigma para bancos, fintechs e investidores”, afirmou.

O evento continua até a sexta-feira (17), abordando temas como ética, inovação e regulação no sistema financeiro, buscando equilibrar avanços tecnológicos com a proteção aos direitos e à segurança dos usuários.

Para mais detalhes sobre o evento e as discussões em andamento, acesse a matéria completa no site de economia da IG.

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