Brasil, 12 de outubro de 2025
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Turning Point USA lança show de intervalo “All American” contra Bad Bunny

Conservadores criam alternativa ao show do Super Bowl, defendendo uma seleção musical totalmente em inglês e “mais patriótica”

Na esteira da controvérsia gerada pela escolha de Bad Bunny como atração do intervalo do Super Bowl, o Turning Point USA anunciou que fará seu próprio espetáculo, batizado de “The All American Halftime Show”. A iniciativa visa oferecer uma alternativa ao evento oficial, que gerou reações polarizadas devido à origem e nacionalidade do artista porto-riquenho.

O que é o “All American Halftime Show”?

A organização conservadora, fundada por Charlie Kirk e atualmente liderada por sua viúva, Erika Kirk, divulgou nas redes sociais que realizará um show de intervalo no mesmo dia do Halftime Show oficial. O site oficial, AmericanHalftimeshow.com, promove uma votação entre o público para escolher os gêneros musicais que comporão o evento, incluindo opções como rock clássico, country, hip-hop, pop, música gospel ou “qualquer coisa em inglês”.

Controvérsia e reações

O anúncio tem gerado debates acalorados na internet, com comentários criticando a proposta por sua suposta exclusão de artistas latinos e por reforçar visões preconceituosas. Uma das críticas mais frequentes revela surpresa ao descobrir que Bad Bunny, embora seja porto-riquenho, é cidadão dos EUA, pois a ilha de Puerto Rico é um território norte-americano.

“Bad Bunny é porto-riquenho, Puerto Rico é território dos EUA, e isso já o torna um cidadão americano”, afirmou uma dessas reações na rede social. Outros comentários sugerem que a iniciativa é uma tentativa de promover uma agenda “mais patriótica” e “excludente”, reforçando uma visão pautada pelo orgulho nacional e por uma suposta superioridade cultural em inglês.

Posições de figuras públicas e opiniões

Charlie Kirk, que foi assassinado em setembro durante um evento na Universidade de Utah, já manifestou opiniões controversas contra gêneros musicais como country e hip-hop, classificando-os como “uma afronta” e “música degenerada”. Ainda que as informações sobre o evento do Turning Point USA sejam escassas, a repercussão na internet não se fez esperar. Uma publicação destacou: “brancos sem o centro das atenções”, enquanto outro usuário pontuou: “quando MAGA descobre que Porto Rico faz parte dos EUA”.

Reações do público e possíveis desdobramentos

Internautas também criticaram a iniciativa por reforçar desigualdades raciais e culturais, além de questionar a real motivação do movimento pró-”patriotismo”. Já artistas e fãs de Bad Bunny salientaram que a origem do artista não deveria ser motivo de veto ou de julgamento prejudicial, especialmente em um evento de proporções globais como o Super Bowl.

Embora o headliner para o espetáculo “All American” ainda não tenha sido divulgado, especula-se que nomes como Lee Greenwood ou Kid Rock possam estar na lista de possíveis participantes, devido ao alinhamento com a pauta conservadora do movimento.

O que esperar

O conflito sinaliza uma polarização crescente sobre cultura, nacionalidade e identidade nos Estados Unidos, onde o debate sobre o que é ou não “verdadeiramente americano” parece estar longe de chegar a um consenso. A expectativa é que o evento do Turning Point USA se torne mais uma expressão dessa frase conflitante que marca o cenário político-cultural atual.

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