Brasil, 12 de outubro de 2025
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Sucesso de atletas inspira aumento na busca por escolinhas esportivas

A conquista de medalhas por esportistas brasileiros como Rebeca Andrade e Hugo Calderano fomenta o sonho de crianças em todo o país.

O que Rebeca Andrade, Beatriz Souza, Hugo Calderano e João Fonseca têm em comum? Além de ser campeões olímpicos e referências em suas modalidades, eles são catalisadores do desejo de centenas de crianças e adolescentes que sonham em seguir seus passos, seja como ginastas, judocas, mesa-tenistas ou tenistas. O impacto do sucesso desses atletas tem refletido em uma alta demanda por escolinhas esportivas e projetos em todo o Brasil.

A ascensão da ginástica no Flamengo

O furacão Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, e a seleção de ginástica têm promovido um aumento exponencial na procura por vagas em escolinhas, como a do Flamengo. A atleta rubro-negra, que trouxe para casa medalhas de ouro e prata nas Olimpíadas de Paris, viu o Flamengo registrar uma fila enorme para novos alunos. Atualmente, são 535 estudantes matriculados em 62 turmas, além de 350 potenciais novos alunos na lista de espera.

Uma das esperanças que aguardam uma oportunidade é Bruna Andrade, de apenas 8 anos, que já espera há seis meses para se inscrever no clube. Diagnostica com epilepsia, Bruna finalmente pode começar a praticar esportes depois que sua condição foi estabilizada. O desejo de ser como Rebeca é evidente em suas palavras: “A ginástica nasceu para mim. Minha mãe diz que eu já rolava dentro da barriga dela.” Sua devoção e paciência são exemplos do impacto que ídolos têm nas novas gerações.

A onda de Bia e Calderano

Enquanto isso, em São Paulo, o tradicional Pinheiros experimenta um aumento na matrícula de novos praticantes de ginástica e judô, impulsionada pelo ouro de Beatriz Souza. A procura por essas modalidades só perde para o futebol em popularidade no clube. A medalha de ouro de Bia nas Olimpíadas também contribuiu para acirrar o interesse pela ginástica, com a comunidade à procura de um espaço para treinar.

Hugo Calderano, por sua vez, tem se destacado no tênis de mesa. Após suas vitórias na Copa do Mundo e o vice-campeonato do Mundial, a demanda pela modalidade disparou. Na Hebraica, no Rio de Janeiro, a procura por aulas aumentou, levando o clube a oferecer três horas de treino seguidas, de segunda a quinta-feira. “Hoje temos cerca de 46 alunos, com faixa etária diversa,” explica Vitor Neder, professor de tênis de mesa no local. “Estamos expandindo o espaço, pois o esporte tem muito a evoluir.”

Crianças treinando em escolinhas de esportes

Filhotes de João Fonseca

O fenômeno do tênis brasileiro, João Fonseca, que já chegou ao top 50 do mundo aos 19 anos, também é uma inspiração para as crianças. Reconhecido por seu desempenho nas últimas edições do Rio Open, ele estimulou milhares de jovens a se engajar no esporte. O projeto Liga Tennis 10, fundado por Bruna Assemany, tem visto um crescimento significativo. De 2023 a 2025, o número de novos participantes subiu 28%, alcançando 304 crianças apenas no primeiro semestre de 2025, um resultado que já supera o total de 2023.

As crianças agora imitam seus ídolos, usando uniformes e tentando replicar as jogadas do atleta. “Muitas crianças já vêm com a roupa do João Fonseca. Elas querem ter o forehand dele,” observa Bruna Assemany, refletindo sobre o efeito positivo que ídolos têm nas novas gerações.

O aumento da demanda por escolinhas esportivas no Brasil evidencia o impacto que o sucesso de atletas e campeões olímpicos pode trazer. Mais do que medalhas, eles se tornam faróis de esperança e motivação para a próxima geração.

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