**Turning Point USA anuncia ‘All American Halftime Show’ para rivalizar com o show de Bad Bunny no Super Bowl**
O Turning Point USA, organização conservadora fundada por Charlie Kirk, anunciou nesta semana a realização de seu próprio show de intervalo no Super Bowl, denominado “The All American Halftime Show”. A iniciativa surge como uma reação à escolha do rapper porto-riquenho Bad Bunny para o show oficial do evento esportivo, gerando críticas e discussões online sobre nacionalidade e identidade.
Uma resposta à controvérsia
Bad Bunny foi selecionado para o show de intervalo do Super Bowl LVIII, realizado na mesma data do evento, o que provocou reações acaloradas de setores conservadores. Muitos argumentam que o artista não seria “verdamente americano”, apesar de Puerto Rico ser um território dos Estados Unidos e ele ser cidadão americano, segundo fontes.
Durante sua apresentação no Saturday Night Live, Bad Bunny brincou com as críticas ao seu espanhol nas músicas, dizendo: “Vocês têm quatro meses para aprender”.
O ‘All American Halftime Show’ de Turning Point USA
A entidade revelou que sediará seu próprio show de intervalo na mesma data, com uma votação pública online onde os apoiadores podem escolher entre gêneros musicais considerados “totalmente americanos”, como country, rock clássico, folk, hip-hop, pop, ou até “qualquer coisa em inglês” — uma combinação que provoca ceticismo por sua simplicidade e potencial racial.
O site oficial, AmericanHalftimeshow.com, abriu uma pesquisa para que os fãs sugerem e votem no estilo musical que mais desejam ver na apresentação alternativa, reforçando a proposta de uma celebração “verdadeiramente americana”.
Contexto político e cultural
A iniciativa acontece após declarações controversas de Charlie Kirk contra gêneros musicais como country e hip-hop, considerados por ele “uma afronta”. Kirk, que foi fatalmente atingido por tiros em setembro passado durante um evento em Utah, já manifestou opiniões contundentes contra esses estilos, classificando-os como “degenerados”.
Reações nas redes sociais
As opiniões variam entre apoio e zombaria, com muitos usuários apontando o contraste entre o conceito de “americana” promovido pelo grupo e a realidade de Bad Bunny, que é porto-riquenho, território dos EUA, sendo, portanto, cidadão dos Estados Unidos. Reprodução de comentários como “Este é um ‘Super Bowl totalmente americano’, afinal Puerto Rico faz parte dos EUA” e críticas à “racismo explícito” se tornam comuns nas redes sociais.
Até o momento, o nome dos artistas que liderarão o espetáculo “alternativo” não foi divulgado, mas especula-se que nomes como Lee Greenwood, conhecido por sua canção patriótica “God Bless the USA”, e Kid Rock, com estilo polêmico, podem estar na lista.
Expectativas e perspectivas
O evento promovido por Turning Point USA busca consolidar uma narrativa de patriotismo tradicional e valores considerados “americanos” por seu público-alvo. Ainda que seja uma resposta satírica à escolha do artista hispano-português, ela também evidencia as tensões culturais e políticas que permeiam o debate sobre identidade nacional nos Estados Unidos.
Espera-se que a disputa entre as duas celebrações seja um dos temas mais comentados durante a semana do Super Bowl, refletindo o clima polarizado de opiniões no país. Enquanto isso, o público terá que escolher qual delas realmente representa os valores da “America verdadeira”.