Durante uma reunião ministerial, Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Direitos Humanos, compartilhou opiniões sobre vídeos satíricos do TikTok que têm circulado na internet, envolvendo gravidez e uso de Tylenol. Sua declaração sobre a relação entre a medicação e o desenvolvimento do autismo provocou reações de surpresa e críticas nas redes sociais.
Declarações controversas sobre gravidez e Tylenol
RFK Jr. afirmou que, antes de entrar na reunião, foi mostrado um vídeo de uma gestante de oito meses, que segundo ele, seria uma professora da Escola de Medicina de Columbia, fazendo comentários de apoio a Trump enquanto toma Tylenol com o bebê na placenta. “O nível de síndrome de obsessão por Trump saiu do espectro político e virou uma questão de patologias. Uma mãe poderia colocar seu bebê em risco por causa de um vídeo como esse”, declarou.
O secretário também comentou que, apesar das evidências não serem conclusivas, há indícios suficientes para alertar gestantes contra o uso de medicamentos sem necessidade. “Não é uma questão positiva que o uso de Tylenol cause autismo, mas os estudos são tão sugestivos que é irresponsável usar qualquer remédio durante a gravidez, a não ser que seja realmente necessário”, acrescentou RFK Jr.
Reação da internet e críticas à compreensão de RFK Jr. sobre anatomia
O comentário de RFK Jr. foi alvo de forte reação online, especialmente por sua incompreensão da anatomia do parto. Muitos internautas destacaram que o feto cresce dentro do útero, enquanto a placenta, órgão que alimenta e protege a gestação, está fixada na parede uterina. Portanto, afirmar que “o bebê está na placenta” é um equívoco grave.
Respostas humorísticas e críticas profissionais
Um médico satirizou a declaração, escrevendo: “Senhor, a placenta é um órgão que sustenta o feto, não uma Airbnb onde ele vive. Por favor, tirem o microfone dele antes que ele comece a explicar de onde vêm os bebês.” Outra pessoa brincou: “Tenho certeza de que o maior problema do bebê seria estar na placenta da mãe.”
Além disso, especialistas ressaltaram que a tendência de vídeos satíricos no TikTok foi interpretada erroneamente por RFK Jr., que parece não compreender a natureza humorística dessas postagens.
Implicações e controvérsia em torno do comentário
Críticos apontam que, ao dar conselhos médicos sem conhecimento adequado, RFK Jr. demonstra uma compreensão limitada da biologia da gravidez, o que prejudica sua credibilidade. “O secretário da Saúde que entende a diferença entre útero e placenta não é uma questão menor”, comentou um comentarista na rede social.
A polêmica reacende debates sobre a importância do conhecimento científico no discurso político e sobre os riscos de disseminar informações equivocadas em temas sensíveis como saúde materna.
Repercussões futuras
Autoridades sanitaristas reforçam a necessidade de que informações sobre gravidez sejam orientadas por profissionais especializados e baseadas em evidências científicas. A discussão também aponta para a responsabilidade da mídia e das redes sociais na transmissão de conteúdos confiáveis e bem fundamentados.
O episódio evidencia a importância de uma comunicação clara e precisa, especialmente em questões relacionadas à saúde e ao bem-estar das gestantes e seus filhos. A expectativa é que haja maior atenção na divulgação de informações corretas e na fiscalização de conteúdos que possam gerar desinformação.
