Brasil, 11 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Michelle Bolsonaro ataca Lula e Janja em evento evangélico

Em evento, Michelle Bolsonaro critica Lula e Janja, acusando-os de demonizar Israel e se aproximar das igrejas para conquistar votos evangélicos.

No último final de semana, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e líder do PL Mulher, utilizou um evento evangélico para disparar críticas contundentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à atual primeira-dama, Janja. Em uma fala que ecoou entre os presentes, ela não hesitou em caracterizar o governo atual como ‘maldito’ e lamentou a proximidade da dupla com a comunidade evangélica, um eleitorado que, nos últimos anos, se alinhou consideravelmente ao bolsonarismo.

Críticas à presença de Lula e Janja nas igrejas

Durante sua fala, Michelle declarou: “Não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho, um casal que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas.” As palavras de Michelle não apenas chamaram a atenção pela força da expressão, mas também pela implicação de que a presença de Lula e Janja nas igrejas seria uma estratégia eleitoral disfarçada.

A ex-primeira-dama criticou a “ideia de conversão” de Lula, insinuando que ele e Janja estavam mais preocupados em conquistar o apoio dos evangélicos do que em atuar verdadeiramente em prol da comunidade. “A senhora do líder proibiu ele de falar com o povo cristão e agora está indo nas igrejas. Vamos abrir os nossos olhos espirituais?”, provocou.

Referências à violência política

Além das contundentes declarações sobre a religião, Michelle também evocou o clima tenso da política brasileira. Em seu discurso, lembrou da facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018, afirmando que “aonde tem esquerda, tem destruição”. Esta retórica não é novidade em discursos da direita brasileira, que frequentemente associam a esquerda à violência e desestabilização social.

Comparação com líderes de esquerda

Michelle Bolsonaro também fez uma comparação entre Lula e o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o descrevendo como um “gastador de primeira”. De acordo com ela, Lula deveria seguir o exemplo de Mujica, que é conhecido por seu estilo de vida austero durante seu mandato presidencial, vivendo em uma casa simples e mantendo um carro velho. A escolha de Mujica como contraponto a Lula visa reforçar a imagem de Luís como um político elitista, distante das realidades do povo brasileiro.

Estrategias do governo para conquistar o eleitorado evangélico

Enquanto isso, a atual primeira-dama, Janja, vem se esforçando para aproximar-se mais da comunidade evangélica. Desde julho, ela tem participado de eventos em várias cidades, incluindo cultos e podcasts voltados aos temas religiosos. Essas ações podem ser vistas como uma tentativa do governo Lula de conquistar um eleitorado que tem mostrado resistência ao seu governo desde sua reeleição.

Recentemente, Janja participou de um encontro com mulheres da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito em Caruaru (PE), um espaço criado para que as participantes discutam questões sociais e demandas de políticas públicas. Esse esforço por parte de Janja se alinha à necessidade urgente do governo em reconquistar a confiança de um eleitorado que tem se afastado.

Conexão espiritual: Lula e sua fé

Na semana passada, após um incidente com a aeronave da Força Aérea Brasileira, Lula e Janja publicaram um vídeo em que expressavam sua gratidão a Deus pela proteção divina. Durante uma visita à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, Lula compartilhou sua experiência nas redes sociais, um gesto que pode ser interpretado como uma tentativa de se conectar mais profundamente com o eleitorado religioso.

Essa abordagem tem o potencial de ser uma arma de dois gumes, pois, enquanto pode ganhar apoio, também pode ser vista como um desvio da realidade política complexa que o país enfrenta atualmente.

Reflexão sobre o futuro político

O cenário político brasileiro continua tenso e polarizado, e figuras como Michelle Bolsonaro desempenham um papel fundamental na construção do discurso da oposição. À medida que o governo Lula se prepara para enfrentar novos desafios e buscar apoio, será interessante observar como essas dinâmicas se desenrolarão nos próximos meses, especialmente às portas das eleições. O uso da religião como uma ferramenta política, assim como as críticas assertivas de figuras proeminentes como Michelle, certamente moldarão o debate público e as estratégias eleitorais.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes