Brasil, 11 de outubro de 2025
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Conflito entre Noruega e Israel repercute nas eliminatórias da Copa do Mundo

Noruega e Israel se enfrentam sob tensão política em jogo das eliminatórias da Copa do Mundo, com doações humanitárias ao Gaza.

A partida deste sábado, que acontece às 13h (de Brasília) no estádio Ullevaal, em Oslo, não é apenas um duelo esportivo. Noruega e Israel se enfrentam em meio a um cenário carregado de tensões políticas e sociais, que se refletiu nas declarações de dirigentes e jogadores. A rivalidade que começou fora dos campos agora ganha espaço no mundo da bola, enquanto as eliminatórias europeias da Copa do Mundo se tornam o palco de discussões mais amplas sobre direitos humanos e conflitos internacionais.

A tensão do jogo

No contexto atual, a Noruega tem se posicionado de forma firme contra as ações de Israel em relação a Gaza. Segundo informações do portal “AF Post”, a seleção norueguesa chegou a considerar a possibilidade de recusar a jogar contra a equipe israelense, devido à guerra em Gaza, que já resultou na morte de mais de 65 mil palestinos. A presidente da federação norueguesa de futebol, Lisa Klaveness, expressou que o país está mais próximo dos palestinos por conta de um trabalho contínuo na região, promovendo atividades esportivas e formando treinadores em campos de refugiados.

As vozes dos jogadores

Os atletas também não ficaram em silêncio. Durante um jogo anterior, a Noruega venceu Israel por 4 a 2 e se manifestou em solidariedade às vítimas do conflito. O goleiro norueguês, Orjan Nyland, descreveu a situação em Gaza como “cruel”, evidenciando o sofrimento da população local. Essas declarações, no entanto, geraram uma reação negativa dos jogadores israelenses, que se sentiram ofendidos e desrespeitados pelas falas do adversário.

Reações em campo

O goleiro israelense Daniel Peretz, do Bayern de Munique, argumentou que a visão dos noruegueses não considera a complexidade do conflito. O capitão Eli Dasa foi ainda mais contundente, afirmando não ter respeito por quem critica seu país. Essa tensão culminou na recusa da equipe israelense em trocar camisas com os jogadores noruegueses após o jogo, um gesto comum de esportividade nas partidas internacionais.

Doações e solidariedade

Em meio a essa rivalidade, a Noruega decidiu usar o jogo como uma plataforma para ajudar a população de Gaza. A Federação Norueguesa de Futebol anunciou que toda a renda da partida será doada à organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), visando apoiar ações humanitárias na região. Com capacidade para 27 mil pessoas, a expectativa é de que a arena se encha em apoio a essa causa.

A indefinição da UEFA

Enquanto isso, a UEFA se vê pressionada a tomar uma decisão sobre a presença de Israel nas competições europeias. Relatos indicam que a entidade está considerando a suspensão do país, algo que já foi pedido pela ONU e pela Anistia Internacional. O futuro de Israel nas competições de futebol europeu se torna mais incerto, especialmente com a possibilidade de sua exclusão da Liga das Nações e da Eurocopa. Apesar disso, é importante frisar que a permanência de Israel nas eliminatórias da Copa do Mundo continua sendo uma questão sob a alçada da FIFA.

A influência do conflito no esporte

Enquanto a guerra entre Israel e o Hamas completa dois anos, os sentimentos gerados por esse conflito reverberam também no esporte, afetando relações esportivas e criando um clima de tensão em eventos que, normalmente, deveriam ser apenas celebrações do futebol. A disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2026 se torna um pano de fundo para discussões muito mais profundas, envolvendo direitos humanos e justiça social.

Com tudo isso, o jogo de sábado não será apenas mais uma partida das eliminatórias, mas um símbolo de um conflito muito maior, onde vidas e destinos estão entrelaçados em uma batalha que vai além das linhas do campo.

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