Brasil, 11 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

China investe em energia limpa no planalto tibetano

China amplia rede de energia renovável no alto do planalto tibetano, usando solar, eólica e hidrelétrica em grande escala

Na região do planalto tibetano, a quase 3.000 metros de altitude, a China constrói uma vasta rede de energia limpa, aproveitando condições favoráveis como luz intensa, temperaturas baixas e o terreno plano, para gerar energia renovável a baixo custo e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.

Projetos de energia renovável no alto do Tibete

Nos últimos anos, turbinas eólicas e painéis solares surgiram entre montanhas e planícies áridas na província de Qinghai, onde o Parque Solar de Talatan, com 420 km², se destaca como o maior do mundo. Essas instalações capturam a forte luz solar e os ventos constantes, com a energia sendo transportada por linhas de alta voltagem a mais de 1.600 quilômetros de distância para uso urbano e industrial.

Uso de energia solar e eólica na China

Segundo fontes, a produção de energia solar na região já é suficiente para abastecer quase toda a demanda elétrica do planalto, incluindo centros de dados ligados à inteligência artificial. Qinghai também faz uso de energia eólica, equilibrando a geração ao longo do dia com a solar, e está recorrendo cada vez mais à hidrelétrica para complementar a matriz energética, especialmente com a construção de barragens no rio Yarlung Tsangpo, no sul do Tibete.

Inovação e estratégia de descarbonização

Enquanto ainda mantém uma alta queima de carvão, a China tem investido fortemente em tecnologias solares, eólicas, baterias e veículos elétricos, visando tornar-se o maior fornecedor mundial de energia renovável. Recentemente, o presidente Xi Jinping anunciou, em discurso na ONU, o compromisso de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e ampliar em seis vezes a produção de energia limpa nos próximos anos, reforçando sua liderança na luta contra o aquecimento global.

O destaque para o planejamento de instalações em regiões de altitude alta reflete uma estratégia diferenciada, onde o clima frio e o terreno favorável aumentam a eficiência dos painéis solares. A região de Qinghai, de terreno predominantemente plano e com vegetação escassa, é ideal para essa abordagem, além de ser historicamente pouco povoada, o que minimiza o impacto social dos projetos.

Desafios e perspectivas futuras

Apesar dos desafios, como a construção de barragens no rio Yarlung Tsangpo — considerado o maior projeto hidrelétrico do mundo —, a China mantém seus esforços para aumentar sua capacidade de gerar energia limpa. O investimento no planalto tibetano representa uma mudança de paradigma na geração de energia em altitudes elevadas, onde a combinação de fontes solares, eólicas e hidrelétricas oferece uma alternativa sustentável para seu crescimento econômico e ambiental.

Mais informações em: Por que a China construiu 420 km de painéis solares no planalto mais alto do mundo

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes